
Foto: Joédson Alves / Agência
Brasil
Um homem acumulou mais de R$
169 mil no "Jogo do Tigrinho" no Distrito Federal, mas não conseguiu
resgatar o dinheiro. Segundo a Defensoria Pública, que acionou a Justiça sobre
a situação, a plataforma pedia que ele depositasse mais valores para conseguir
sacar o prêmio.
Um homem acumulou R$ 169 mil
no "Jogo do Tigrinho" e dinheiro ficou retido. Segundo a Defensoria
Pública do Distrito Federal, a plataforma alegou que ele deveria depositar mais
dinheiro para subir de categoria e então conseguir fazer o resgate do montante.
Retenção do prêmio é comum,
segundo Defensoria Pública. Em nota, o órgão explicou que as empresas
responsáveis pela plataforma "agem da mesma maneira". Eles permitem
que "os usuários ganhem créditos em reais e prometem o saque desses valores",
mas "retêm o saldo existente com base em algum pretexto" e
"condicionam a liberação do valor retido ao pagamento de novas quantias
via PIX". No entanto, mesmo após o depósito do usuário, as empresas mantém
o valor retido.
"É nosso dever proteger
os consumidores que se encontram em situações como essa, auxiliando as vítimas
a buscarem reparação pelos prejuízos financeiros suportados e garantindo seus
direitos", firmou Celestino Chupel, defensor público-geral.
Jogo do Tigrinho é alvo de
polêmicas no Brasil. Além de atrair pessoas já endividadas comprometendo a
renda de diversas famílias, a plataforma também é acusada de golpes.
A publicidade é toda voltada
para a obtenção de lucros financeiros, sem nenhum limitador. A partir daí,
verifica-se a imposição de bloqueios arbitrários e objeções que não foram
anunciadas previamente. As plataformas agem de forma fraudulenta para garantir
novos depósitos e, como consequência, mantêm os usuários presos a elas na
esperança de realizar os saques prometidos.
A reportagem entrou em contato
com a PG Soft Games, responsável pelo jogo, que tem sede em Malta. O espaço
será atualizado se houver manifestação.
Por Bahia Notícias