Brasil encara Argentina nesta terça-feira (25) Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

“Clássico não se joga, se ganha”. Em meio a desconfiança em torno do trabalho de Dorival Júnior sob o comando da Seleção Brasileira, uma das maiores máximas do futebol se torna a esperança dos brasileiros frente a um rival histórico da Amarelinha. Nesta terça-feira (25), o adversário será a Argentina, atual campeã do mundo, pela 14ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. A bola rola às 21h, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

 

Como um dos maiores clássicos entre seleções, a partida será a primeira da história em 20 anos sem a presença de Neymar ou Messi. 29 de junho de 2005. Esta foi a data do último confronto entre Argentina e Brasil sem que os atuais expoentes do futebol de cada país estivessem presentes. Na ocasião, os brasileiros venceram os hermanos por 4x1, pela final da Copa das Confederações. Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Adriano Imperador, duas vezes, foram os autores dos gols.

Desde então, foram 20 confrontos entre as seleções, apenas cinco com Neymar e Messi simultaneamente em campo. Nesse recorte, todos os jogos contaram com pelo menos um dos craques dentro de campo. Entre as duas seleções, é o Brasil que costuma depender menos do camisa 10. Foram quatro vitórias e dois empates em nove jogos sem Neymar em campo, um aproveitamento de 51,8%. Já a Argentina soma apenas um triunfo e um empate em seis confrontos, o que equivale a 22,2%.

Em relação ao jogo passado, contra a Colômbia, o técnico Dorival Júnior vai contar com seis mudanças no time titular. Matheus Cunha e Wesley foram escolhidos pelo treinador para iniciar a partida nos lugares de João Pedro e Vanderson. Além das trocas, haverá ainda as mudanças dos quatro atletas desconvocados. Alisson e Gerson foram cortados por questões médicas, enquanto Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães suspensos por levar o segundo cartão amarelo. Weverton, João Gomes, Éderson e Beraldo foram os jogadores chamados.

"Com seis possíveis mudanças, tenho certeza que teremos uma equipe que vai estar preparada para fazer um grande jogo contra um grande adversário que merece todo o nosso respeito. [...] É um grande clássico do futebol mundial, vai existir a luta em campo, mas vai existir acima de tudo o respeito entre as duas equipes.", comentou o treinador.

Atual campeã mundial, a Argentina lidera as Eliminatórias com 28 pontos, sete a mais que o Brasil, atual o terceiro colocado. O meio-campista Rodrigo De Paul, poupado do jogo contra o Uruguai, estará de volta diante da Seleção Brasileira. Um empate garante aos argentinos a classificação para a Copa do Mundo de 2026.

Clima de guerra

Antes do clássico, o atacante Raphinha concedeu entrevista para o ex-jogador Romário e declarou a partida como uma guerra contra os hermanos após ser questionado sobre como o jogador iria entrar em campo diante do rival. "Porrada neles. Sem dúvida. Porrada neles. No campo e fora de campo se tiver que ser", disse o atual camisa 11 do Brasil.

A declaração, apesar da intenção de colocar lenha na fogueira, foi minimizada pelo comandante da Argentina, Lionel Scaloni. O treinador relembrou a amizade entre Neymar e Messi como um modelo para ser seguido por argentinos e brasileiros.

"É um jogo de futebol. São 90 minutos dentro de campo que cada um quer ganhar e depois do jogo todos temos um conhecido, um amigo brasileiro. Eu joguei com um monte e me dou bem com todos. Não tem porque sair disso e não vai sair". A Seleção Brasileira não vence a Argentina desde 2019, em partida válida pela final da Copa América.

Por Correio24horas