
Foto: Antonio Cruz / EBC
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de
Moraes, determinou
o arquivamento da investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PL-SP). A ação acusava o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
de articular com parlamentares norte-americanos medidas contra a Corte
brasileira. A acusação pedia, inclusive, que Eduardo tivesse seu
passaporte apreendido e que ele fosse proibido de deixar o país, mas com a
decisão desta terça-feira (18), o deputado poderá manter seus pertences.
A decisão foi baseada no parecer da Procuradoria-Geral da
República (PGR), que concluiu não haver elementos suficientes para dar
seguimento ao caso. "As apontadas relações mantidas entre o parlamentar
requerido e autoridades estrangeiras são insuficientes para configurar a
prática das condutas penais previstas", diz o parecer.
Além disso, o documento afirma que as ações mencionadas
"se inserem no âmbito do exercício da atividade parlamentar e estão
desacompanhadas de ações concretas que possam indicar intenção delituosa".
Segundo publicação do G1, a ação foi movida pelo Partido dos
Trabalhadores (PT) e pelos deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e
Rogério Correia (PT-MG). Eles alegavam que Eduardo Bolsonaro, desde a posse de
Donald Trump como presidente dos EUA em janeiro de 2025, viajou três vezes ao
país para tentar aprovar um projeto de lei que "atacaria e constrangeria o
STF".
Com a decisão de Moraes, a investigação está oficialmente
encerrada, salvo o surgimento de novas provas. O ministro ressaltou que o STF
não pode iniciar uma ação penal sem denúncia do Ministério Público e que, no
atual contexto, não há justa causa para a continuidade do caso.
Ainda nesta terça, o Eduardo Bolsonaro anunciou que pediu licença de seu mandato para
permanecer nos Estados Unidos. Em vídeo, ele afirmou que essa foi a
"decisão mais difícil" de sua vida, pois acredita que pode ser preso
por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Por Bahia Notícias