Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que o governo poderia se utilizar de uma reforma ministerial para garantir aliados para aprovar as reformas econômicas anunciadas neste final de ano. As mudanças, porém, só viriam após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro, e priorizariam a escolha de nomes de partidos que auxiliassem o governo a aprovar as reformas pretendidas.

 

Segundo o G1, as fontes afirmam que o governo precisa contornar o clima de insatisfação com partidos como PSD e União Brasil, que possuem bancadas consideráveis, para evitar que estes partidos passem a votar mais com a oposição do que com a base do governo.

 

O PSD na Câmara, queixa-se do espaço que tem hoje nos ministérios, com o Ministério da Pesca, considerado inexpressivo para o partido, além de Minas e Energia e Agricultura. Do lado do União, a situação é mais complicada porque uma ala da legenda quer se distanciar do governo, visando as eleições de 2026.

 

Enquanto não consegue contornar os impeditivos destes partidos, o governo deve se apoiar no Progressistas, de Arthur Lira (AL), atual presidente da Câmara e no Republicanos, de Hugo Motta (PB), franco favorito para suceder o alagoano.

 

É esperado pelas fontes do governo que tanto Lira quanto Motta retribuam o apoio do governo às suas articulações para a sucessão na Casa, já que a base do governo manifestou explícito apoio a candidatura do paraibano ao cargo.

 

O Senado, por sua vez, apresenta como favorito para assumir, Davi Alcolumbre (União-AP), o que pode complicar um pouco a situação do governo. No entanto, um Ministério para o atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), poderia ajudar a assegurar o apoio de uma das maiores legendas da casa.

 

Outro problema a ser levado em conta, segundo as fontes, é o das emendas parlamentares. Caso o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino não atenda os pedidos do Congresso e do Governo, a equipe de Lula teria que garantir que o dinheiro das emendas seja liberado.

Por Bahia Notícias