Foto: Paulo
Pinto / Agência Brasil
O Brasil
assumirá a presidência do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
em 1º de janeiro de 2025, marcando a quarta vez que o país sediará a reunião de
cúpula do bloco. Durante sua presidência, o Brasil buscará fortalecer o
entendimento entre os países membros e promover a discussão de temas globais,
como mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e a governança da
inteligência artificial.De acordo com a Agência Brasil, o embaixador Eduardo
Saboia, sherpa do Brics em 2025, ressaltou a importância do grupo, que
representa mais de 40% da população mundial e 37% do PIB global, e destacou o
papel do bloco na construção de um mundo mais sustentável.
O governo
brasileiro pretende utilizar a presidência do Brics para avançar na questão
climática, especialmente com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas (COP-30) em Belém, no mesmo ano. Saboia apontou que
os países do Brics desempenham um papel central na questão da energia, a
principal fonte de emissões de gases de efeito estufa, e que a cooperação entre
as nações pode ajudar a enfrentar essa crise. Além disso, o embaixador
mencionou a necessidade de avançar na governança da inteligência artificial,
uma tecnologia que carece de regulamentação global.
A ampliação
do Brics também será um tema importante durante a presidência brasileira. Em
2023, o grupo convidou seis novos países a se juntarem ao bloco em 2024:
Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Além
disso, o Brics criou uma nova categoria de membros associados, com 13 países
convidados, incluindo Cuba, Turquia, Nigéria e Indonésia. Saboia destacou que o
Brasil apoia a expansão do bloco, que busca refletir a diversidade do sul
global e fortalecer sua influência nas questões globais, como a reforma da
governança internacional, incluindo o Conselho de Segurança da ONU.
A
presidência do Brics oferece ao Brasil uma plataforma para impulsionar a
reforma da governança global e promover a estabilidade internacional. Para
Saboia, o grupo tem um papel estabilizador ao reunir países com sistemas
políticos e desafios diferentes, o que favorece a cooperação e a construção de
soluções para questões que afetam a população mundial. A ampliação do bloco e a
inclusão de novos membros associados serão passos importantes para fortalecer
ainda mais a relevância do Brics no cenário internacional.
Por Bahia Notícias