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A “limpa”
que o PL da Bahia pode sofrer tem mais um nome na lista: o deputado federal
Jonga Bacelar. O pedido para desligamento de alguns deputados foi divulgado
nesta segunda-feira (25) e tem um autor inusitado, o Comandante Rangel,
presidente municipal do partido em Barreiras. O presidente do PL na Bahia
e ex-ministro da Cidadania, João Roma, informou que o PL irá realizar um
processo interno de ajustamento de conduta de seus filiados com e sem mandato
às bandeiras e diretrizes partidárias.
O Bahia
Notícias obteve o processo interno do partido, onde os pedidos feitos por
Rangel, candidato a deputado federal pelo partido em 2022, constam contra os
citados. Além de Jonga, os deputados estaduais Vitor Azevedo, Raimundinho da
Jr. e Diego Castro, os integrantes do partido Alexandre Moreira e Raíssa Soares
também são citados como tendo divergido do “direcionamento programático de
Direita”.
Foto: Bahia Notícias
Apesar
das alegações, Rangel possui um passado com ao menos uma cena inusitada. A
passagem remete a uma visita ao Palácio de Ondina, durante a gestão do atual
ministro da Casa Civil Rui Costa. Em vídeo resgatado do BN, Rangel surge ao
lado da ex-prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria e o então governador
Rui Costa (PT). Na cena é possível ver a tentativa de "fuga" de
Rangel da captura, porém sem sucesso.
No caso
específico de Jonga Bacelar, o pedido formulado foi fundamentado na atuação do
deputado em Brasília, com um possível alinhamento em pautas ligadas ao governo
federal, comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A
fundamentação para o pedido ainda indica que o partido tem “a liberdade como
alicerce da democracia”, conforme estatuto do partido. “Naturalmente as regras
partidárias devem ser respeitadas conforme previsto no Código de Ética”,
acrescenta.
A
representação com pedido de providências em face dos seis filiados. O BN noticiou que a cúpula da sigla já estaria ciente da
notificação, que daria início aos trâmites legais para a apuração de alguns
casos específicos. Diego Castro, Raíssa Soares e Alexandre Moreira,
inclusive, estão envolvidos em um fato recente relacionado ao processo
interno do PL. O caso chegou a ser exposto pelo deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que realizou um “exposed” envolvendo a
ex-candidata ao Senado pelo PL da Bahia e o deputado estadual baiano.
Na
publicação, o filho de Bolsonaro também afirmou que Raíssa estaria com
problemas no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) por não detalhar os
repasses da verba eleitoral às duas empresas ligadas à apresentadora do Brado
Rádio, Vanessa Moreira. O deputado também publicou fotos da prestação de contas
de Raíssa, em que ela teria destinado recursos para as companhias da mãe de
Alexandre Moreira. Ligado à ex-candidata ao Senado, Diego Castro também
foi alvo da exposição feita por Eduardo Bolsonaro. O deputado federal publicou
que o baiano contratou as empresas da genitora de Moreira, para os serviços de
marketing e divulgação do mandato parlamentar.
Roma explicou os diferentes casos internos. “Por um
espectro, ficamos levantando bandeiras contra impostos, nos colocando
antagonicamente ao PT. Por outro lado, tem deputados que foram legitimamente
eleitos, tenho boa relação pessoal com ambos, tanto Vitor Azevedo quanto
Raimundo da JR, sendo que ambos definiram estar alinhados com o PT. Isso gera
um desconforto no partido. Os dois já manifestaram o desejo de sair do partido.
Eles foram notificados pelo partido”, indicou.
Sobre
Diego Castro, o dirigente partidário revelou que o processo disciplinar
ocorre por outro motivo. “Houve notificação do ponto de vista disciplinar.
Questão da fidelidade partidária, pois definimos que onde tivéssemos candidatos
do partido, não podemos pedir votação para outro candidato. Estávamos apoiando
Otoniel, em Barreiras, e tanto Diego Castro quanto a Raíssa Soares foram pedir
votos para candidato de outro partido”, completou Roma.
Por Bahia Notícias