Foto: Carine Andrade / Bahia Notícias

 

Após muitas idas e vindas, o projeto de reajuste do salário dos servidores públicos baianos finalmente foi aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Durante a sessão plenária desta terça-feira (28), a maioria dos deputados foi favorável ao reajuste salarial linear de 4% proposto pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT).

 

Inclusive, mesmo após ser adiado na semana passada, havia chance do projeto nem ser pautado hoje. Porém, mais cedo, um almoço organizado pelo líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT) tratou incluiu o item na pauta desta terça, que também contou com a votação do empréstimo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

 

Durante a sessão, Rosemberg e o presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD), foram  vaiados várias vezes em seus discursos. Apesar da aprovação, o reajuste não agradou aos servidores, que exigiam um acréscimo de 10%, e direcionaram muitos xingamentos em direção aos deputados da ala do governo. 

 

Na contramão, o deputado do bloco independente Hilton Coelho (PSOL) foi ovacionado ao defender que o PL não deveria ser votado hoje e que é preciso amadurecer a discussão. Manifestantes gritam que "não vai ter arrego. Ou dá 10%, ou não vai ter sossego!".

 

Outro bastante aplaudido foi o líder da oposição na Casa, Alan Sanches (União). Por outro lado, Olivia Santana (PCdoB) foi mais uma deputada da base a ser recebida por vaias que calaram os aplausos direcionados a ela no momento em que a deputado denfendeu mais um adiamento da votação.

 

Alguns servidores, que há semanas montaram uma ‘força tarefa’ em frente à sede da AL-BA nos dias de sessão, foram barrados do debate no plenário. Olívia pediu que Adolfo deixasse os manifestantes entrarem, alegando que a postura não era democrática e que eles têm direito de acessar. Adolfo, por sua vez, disse especialmente hoje, não. Mas que sempre foi permitido acessar.

 

O deputado Robinho (União) argumentou que os manifestantes tem direito de se manifestar, mas não de “fazer baderna”, concordando com Adolfo e discordando de Olivia. Após isso, ele também foi vaiado.

 

PROPOSTA

A proposta enviada pelo Executivo prevê reajuste linear de 4%. A ideia é que 2% sejam concedidos a partir de 1º de maio de 2024 e 2% a partir de 31 de agosto de 2024, para todos os servidores ativos e inativos. 

 

Segundo previsão do governo, o reajuste previsto produzirá um acréscimo na despesa de pessoal para o exercício de 2024 no valor estimado de R$ 463,7 milhões. "Já para os anos de 2025 e 2026, o acréscimo de despesa será de R$890.620.551,00, cada ano", diz trecho da mensagem enviada pelo governador.

 

Por Bahia Notícias