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Fernando Frazão / EBC
A Petrobras
e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento e Social) lançaram nesta
segunda-feira (31) um programa para revitalização de florestas degradadas para
a geração de créditos de carbono.
O objetivo é
promover a restauração de até 50 mil hectares de áreas degradadas na amazônia,
com a geração de 15 milhões de créditos. A Petrobras garantirá a demanda pelos
papéis, e o BNDES será responsável pelo financiamento.
O diretor de
Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim, disse que o programa
anunciado nesta segunda, chamado de ProFloresta+, é inspirado nos contratos do
setor elétrico brasileiro.
A Petrobras
fará leilões de compra de créditos de carbono e comprará dos proponentes que
oferecerem o menor preço, como ocorre nos leilões de energia do governo. Com os
contratos de venda nas mãos, os investidores têm mais chance de conseguir
empréstimo.
"Hoje é
muito mais fácil comprar crédito de carbono de preservação ambiental do que de
restauro, porque é difícil financiar o restauro", disse Tolmasquim.
Segundo ele, o modelo ajudará a estabelecer preços para os créditos gerados a
partir de recuperação de florestas.
"O
restauro florestal é uma área muito promissora e o Brasil tem potencial para
ser referência mundial", disse a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza
Campello. "O que estamos fazendo hoje é gerar uma demanda firme de
mercado."
Na fase
piloto do programa, os projetos terão no mínimo 3.000 hectares, evitando 1
milhão de toneladas de carbono equivalente. A ideia é contratar cinco projetos,
com 25 milhões de árvores plantadas.
"O
programa vai muito além do reflorestamento convencional", afirmou a
presidente da Petrobras, Magda Chambriard. "Estamos falando de uma
verdadeira revolução. Isso é projeto estruturante em prol do clima",
completou, afirmando que a Petrobras é uma empresa comprometida com o meio
ambiente.
A estatal
tenta convencer a área ambiental do governo a autorizar a perfuração de um poço
exploratório na Bacia Foz do Amazonas, na costa do Amapá, com a esperança de
encontrar uma nova província para a produção de petróleo no país.
O projeto,
porém, encontra resistência da área técnica do Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e de organizações ambientalistas
que pedem a suspensão da exploração de petróleo no mundo.
Este mês, o
Ibama autorizou a estatal a dar início à limpeza do casco da sonda de
perfuração contratada para o poço, mas ainda não há prazo para a realização de
teste operacional necessária para a licença.
Nesta
segunda, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que espera entregar
em breve um centro de despetrolização de animais em Oiapoque (AP), o que
considera ser a última exigência do Ibama para conceder a licença e aguarda a
autorização para o teste operacional.
Por Bahia
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