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Mais um juiz sorteado para atuar na apreciação do caso envolvendo o
deputado estadual Binho Galinha (PRD) se declarou suspeito para julgar o
processo. Desta vez, a juíza Ivonete de Sousa Araújo, apontou para razões de
"foro íntimo" para não assumir a ação.
A decisão, protocolada na última sexta-feira (24), também dá ciência à
2ª substituta designada para julgar a ação. Essa é, pelo menos, a terceira
alteração nos julgadores da ação envolvendo o parlamentar, que é considerado o principal
alvo da Operação El Patron, deflagrada em Feira de Santana.
Ação já bloqueou pelo menos R$ 200 milhões das contas bancárias dos
investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da
suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O Ministério Público do
Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma
correspondente a danos morais cometidos pela organização criminosa.
Anteriormente, a juíza Elke Figueiredo
Schuster Gordilho, que esteve a frente das decisões envolvendo o caso do
deputado foi removida da comarca de Feira de Santana para Salvador.
A remoção, por critério de merecimento, foi autorizada pelo Pleno do
Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Logo após, em decisão expedida pela 1ª
Vara Criminal de Feira de Santana, o juiz Wagner Ribeiro Rodrigues,
também declarou-se suspeito para julgar a ação.
A justificativa apontada no documento teve como motivo principal “foro
íntimo”. O juiz é titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a
Mulher da Comarca de Feira de Santana desde 2015.
O caso também segue sendo apurado na Assembleia Legislativa da Bahia
(AL-BA). O deputado estadual Vitor Bonfim
(PV) foi o nome escolhido para assumir a presidência do Conselho de Ética da
Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A decisão foi tomada após
reunião entre o presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), com os membros do
colegiado, que é formado por cinco deputados indicados pela bancada do
governo e três deputados indicados pela bancada da oposição.
O principal desafio do Conselho de Ética neste primeiro semestre é
analisar a situação do deputado Binho Galinha (PRD), apontado pelo Ministério
Público Estadual (MP-BA) como mentor de uma organização ligada a crimes de
extorsão, agiotagem, jogo do bicho, receptação qualificada, entre
outros delitos, na cidade de Feira de Santana, seu principal reduto
eleitoral. No último dia 9 de abril, a esposa do deputado, Mayana Cerqueira, foi presa pela Polícia Federal na
Operação Hybris, um desdobramento da Operação El Patron.
DEPUTADO REBATE ACUSAÇÕES
O deputado estadual Binho Galinha (PRD)
se manifestou após uma das operação da Polícia Federal (PF)
em Feira de Santana.
Segundo o legislador, ele “jamais praticou os crimes que estão sendo-lhe
atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça”, disse em nota.
Binho Galinha declarou ainda que acompanha os desdobramentos das
investigações “com tranquilidade e colaborando com o Poder Judiciário”. Nesta
terça, a PF voltou a cumprir mandado de prisão preventiva contra a esposa do
deputado e suspendeu das funções cinco policiais militares, entre eles um
tenente-coronel. Os mandados foram cumpridos durante a Operação Hybris,
desdobramento da El Patron.
Por Bahia
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