Em 2022, 652 agrotóxicos foram liberados no Brasil. O número representa uma alta de 16% em relação ao ano de 2016, quando foi registrada uma alta histórica da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura.

O volume foi 14% superior ao de 2020 e 16% maior que em 2021, quando foram liberados, respectivamente, 493 e 562 pesticidas. Desde 2016, o número de agrotóxicos autorizados cresce exponencialmente. 

Ao g1, uma fonte do Ministério da Agricultura disse que o aumento das liberações está relacionado a uma reorganização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por analisar os riscos dos agrotóxicos à saúde humana. Houve uma aceleração das análises.

O levantamento também mostra que 43 dos 652 agrotóxicos liberados no ano passado são inéditos. Oito foram para as indústrias e 35 para uso dos agricultores - 22 deles são classificados como "muito perigosos ao meio ambiente" pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 
 
Os outros 609 são considerados são "cópias" de matérias-primas inéditas ou produtos finais baseados que já existem no mercado.