A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, negou que haja, dentro da regulação, qualquer tipo de intervenção política a fim de beneficiar pacientes que estejam no aguardo de leitos. De acordo com a titular, em entrevista ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (11), o processo é estritamente técnico.

 

"O processo de regulação, tenho dito isso, pode parecer que angustie as pessoas, é complexo. É preciso entender o grau de complexidade. Digo sempre que não deitam duas pessoas no mesmo leito, a interferência política não pode existir", esclareceu a gestora.  

 

Segundo Santana, o processo é regido por um protocolo em que a avaliação é feita por um médico regulador, profissional de saúde capacitado para a hierarquização de demandas a partir do cumprimento de critérios que correspondam com a gravidade de cada caso, e uma responsabilidade da estrutura com a vida das pessoas.

 

"O que a gente pede é uma análise: 'Olha doutor, o senhor pode analisar esse pedido aqui? Realmente há gravidade? Pode pedir a atualização da situação para ver se o quadro se agravou e ele pode realmente ser atendido primeiro do que o outro?'", exemplificou.

 

Apesar de ser uma atribuição difícil, pontuou a secretária, a atuação do médico regulador é, sobretudo, técnica: "A regulação veio para equidade, não para desigualdade. A gente precisa trabalhar sobre isso. Existe uma responsabilidade técnica do médico e também do médico que regula".

 

Seguindo a mesma linha do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que garantiu atuar ao longo dos próximos anos no aprimoramento da regulação, Roberta Santana pontuou que sua intenção enquanto chefe da pasta é "trabalhar é para o fortalecimento desses protocolos e desses processos". 

Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias