Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra da saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (10) que a imunização contra a Covid-19 entrará no calendário regular de vacinação do Brasil. Também foi anunciada uma campanha multivacinal com início em fevereiro.
Durante primeira coletiva de imprensa, após ser nomeada como ministra da Saúde, Nísia deu um panorama das primeiras medidas a serem tomadas nos 100 primeiros dias de governo. Uma das primeiras providencias é retomar a campanha de vacinação para retomar a taxa alta de cobertura vacinal que o país apresentava alguns anos antes.
"Neste momento, está reunida a câmara técnica assessora para imunizações. Porque nós trabalhamos as imunizações e estamos recuperando a relação plena das sociedades científicas. [..] Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil”, afirmou Nísia.
No caso da Covid-19, a ministra da saúde informou que os imunizantes contra o vírus também entrarão no calendário regular do Plano Nacional de Imunizações (PNI). "Nós já adquirimos (imunizantes), para uso pediátrico, do Instituto Butantã. Estamos trabalhando também com a Pfizer com este mesmo objetivo, garantindo que haja vacina”, detalhou. Os imunizastes devem chegar até a semana que vem, completou Nísia.
Ainda nas medidas prioritárias, a ministra disse que a pasta está se debruçando para elaborar um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o país. Nísia também falou sobre a recuperação do programa Farmácia Popular, que deverá ter uma ampliação de medicamentos.
REVOGAÇOS
Sobre os ‘revogaços' propostos pelo grupo de transição, a ministra da saúde disse que notas técnicas que recomendam o uso da cloroquina para o tratamento de Covid-19 serão revogadas nos próximos dias.
"É sempre importante que ao revogar uma medida não exista um vazio. Algo que deixe o gestor desprovido, sem recurso. […] Medidas aquelas tomadas sem base cientifica e sem amparo legal, são essas que estamos revogando”, explicou.