A nova secretária de saúde do estado da Bahia, Roberta Santana, escolhida para a pasta pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), foi entrevistada nesta terça-feira (10) na Rádio Metropole. Durante a entrevista com Mário Kertész, a titular da saúde falou dos desafios com a regulação, assunto fortemente batido durante a campanha eleitoral. “É  um processo complexo, não tem um botão para apertar. Tem muito trabalho a fazer e vamos fazer”, afirmou.

A secretária destacou que a gestão da fila da regulação já vem sendo melhorada desde o governo Rui Costa e que, neste momento, o foco é na realização de ações para melhorar ainda mais os processos. “Avançamos, ampliamos e modernizamos o acesso, e o que vamos fazer agora é aprimoramento, ação concreta”, disse. Entre as ações citadas pela gestora como parte dos planejamentos estão aumentar o atendimento em home care e a bancada de médicos reguladores.

Questionada sobre o funcionamento da fila, Roberta Santana explicou que o paciente é avaliado de acordo com alguns critérios específicos. “Existe um quadro de médicos reguladores que fazem a análise desses pacientes em um critério de hierarquia técnica. É claro que existe a limitação do leito, mas podemos trabalhar nos processos para que a gente consiga diminuir o tempo de permanência desses pacientes no hospital, aumentar a resolutividade, e atender uma quantidade maior”. disse a secretária destacando que a maior incidência de pacientes na fila é registrada para processos de cirurgia ortopédica, que envolve ainda, além da vaga, a compra de próteses, processo que também será visto com atenção pelo governo. 

Por fim, a gestora chamou atenção para pontos que implicam em um crescimento da fila. “No período da pandemia a gente teve uma demanda reprimida  muito grande de cirurgias eletivas, e aí os pacientes podem acabar agravando. Na atenção básica os municípios também tem um déficit  e isso também faz com que os pacientes acabam agravando”, detalhou ao explicar que a fila da regulação leva em conta, ainda, além da gravidade do paciente questões relativas ao transporte dos mesmos, o que por vezes depende de ambulância específica.  

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress