Pioneiro nas ondas gigantes, o baiano Márcio Freire morreu, nesta quinta-feira (5), ao surfar um dos "paredões" na praia do Norte, em Nazaré, Portugal.

 

De acordo com a imprensa portuguesa, é a primeira morte no local. O corpo do atleta será levado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria. 

 

Mesmo sendo resgatado para a praia em um jet ski, Márcio já estava em parada cardiorrespiratória e não resistiu após o acidente. 

 

"Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local", afirmou o comandante da Capitania de Nazaré, Mário Lopes Figueiredo, à agência Lusa. 

 

Márcio é considerado uma lenda no surfe de ondas gigantes. Foi um dos primeiros a enfrentar ondas em Jaws, em Maui, no Havaí, na remada. 

 

Ele era integrante do trio apelidado de Mad Dogs (Cachorros Loucos), ao lado dos também baianos Danilo Couto e Yuri Soledade. 

 

 

"Nunca vivi do surf, nunca ganhei dinheiro com surf; tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surf, que foi em 2015, tomei uma das maiores vacas, ganhei 1000 dólares; e quando rolou nosso documentário dos Mad Dogs que ganhei um dinheiro; eu também tinha uns apoios ali, mas era mais soul surfer mesmo e não ligava muito. E como as empresas nos EUA não iam patrocinar um brasileiro e eu estava fora do Brasil, era mais difícil de negociar, e eu também não corria muito atrás porque estava me bancando, vivendo minha vida, e era aquilo mesmo, trabalhar pra me autosustentar e me autopatrocinar", afirmou, em uma de suas últimas entrevistas, ao canal Let's Surf.