Nas últimas semanas, as autoridades sanitárias dos Estados Unidos têm observado o surgimento de uma série de subvariantes da ômicron disputarem entre si a prevalência na transmissão de Covid-19.
Apesar do aumento constante de infecções, os médicos, até este momento, não encontraram nada que pudesse acender o sinal amarelo entre eles para uma possível nova onda de contágios.
Porém, na última sexta-feira (29), as autoridades do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA encontraram uma nova subvariante que elevou o grau de preocupação: trata-se da XBB.1.5.
De acordo com dados do CDC divulgados pela CNN. a incidência da XBB.1.5 mais do que dobrou sua participação na transmissão da Covid-19. Nas últimas quatro semanas passou de 4% para 41%¨das novas infecções no mês de dezembro. No Nordeste dos EUA, a nova subvariante já é responsável por 75% dos novos casos.
O que preocupa o CDC é que há meses uma subvariante, que se espalhasse tão rápido, não era identificada. Os epidemiologistas do grupo afirmam que a XBB.1.5 tem potencial para causar uma nova onda de contágios nos EUA.
A subvariante XBB.1.5 foi identificada pela primeira vez em Nova York e Connecticut no final de outubro. Ela é fruto da recombinação de dois descendentes da BA.2, a subvariante que causou a última de onda de casos nos EUA em abril, trocaram partes de seu código genético e isso resultou em 14 novas mutações nas proteínas spike do vírus em comparação com a BA.2.
O médico pesquisador Dr. David Ho, professor de microbiologia e imunologia da Universidade de Columbia, alerta para o risco que essa nova subvariante representa para os imunizantes disponíveis.
Para Ho, a evasão imunológica da XBB.1.5 é “alarmante” e que ela tem potencial para escapar das proteções vacinais e infecções passadas. Além disso, também é resistente a todos os tratamentos atuais com anticorpos.
Por meio de suas redes, o pesquisador Miguel Nicolelis usou as suas redes sociais para chamar a atenção sobre a XBB.1.5.
“Mensagem é clara. Rápido espalhamento das variantes XBB mostram que pandemia não acabou de jeito nenhum; é preciso investir em novas vacinas porque XBBs escapam da cobertura das atuais e não podemos dar sopa para o azar e baixar a guarda. XBB quase pode ser vista c/ um novo vírus!”, alertou Nicolelis. Com informações da Revista Fórum.