A Hemofilia é uma doença que impede a coagulação sanguínea, o que leva a sangramentos e geralmente se manifesta quase que exclusivamente em homens. Como forma de conscientizar sobre a doença, em 4 de janeiro é celebrado o Dia Nacional do Hemofílico.

 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 12 mil pessoas com Hemofilia, com prevalência estimada de 1 para cada 10 mil nascidos para Hemofilia A e 1 para cada 50 mil nascidos para Hemofilia B.

 

Estudos apontam que existem dois tipos: Hemofilia A (deficiência de fator VIII) e Hemofilia B (deficiência de fator IX). Na Bahia, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba) cuida de aproximadamente 880 pacientes com esta patologia, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

 

“Nacionalmente, o tratamento dos pacientes com hemofilia definido pelo Ministério da Saúde é realizado pelos hemocentros. A gente tem um laboratório especializado para dar o diagnóstico, porque os exames que são necessários são de rotina. Então a gente tem esse laboratório de coagulação dentro do hemocentro, para realizar o diagnóstico. Também somos nós que recebemos os fatores de coagulação do Ministério da Saúde para tratamento dos pacientes. Na Bahia, são quase novecentos pacientes com hemofilia”, disse Alenisa Streva, diretora de Hematologia da Hemoba.

 

A diretora da Fundação ainda detalhou como a doença se comporta no ser humano: “A hemofilia é uma doença hemorrágica derivada de uma alteração no sangue, causada por uma mudança no material genético do cromossomo X, que é uma estrutura que fica na célula humana e guarda a informação passada”.

 

O principal sintoma da doença é o sangramento, que ocorre com maior frequência em joelhos, cotovelos, tornozelos, em outras articulações e músculos.  O diagnóstico deve ser feito com exame laboratorial.

 

“Todo paciente hemofílico tem um TTPA alargado, maior do que o habitual. Para confirmar o diagnóstico, a gente precisa dosar os fatores. Nos laboratórios privados têm mais facilidade, mas nos laboratórios públicos não. Na Hemoba, a gente tem um núcleo especializado de coagulação e realizamos inclusive em parceria com locais que têm mais dificuldade para realizar os testes”, acrescentou.