O entrave entre o PTB e a pré-candidatura de João Roma (PL) parece que não foi superado. Agora ao lado de ACM Neto (União) (veja aqui), o presidente estadual do PTB Gean Prates sugeriu que Roma abra mão da pré-candidatura ao governo e dispute uma vaga na Câmara dos Deputados.  Além disso, Prates indicou que não irá subir em um palanque com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em que João Roma estiver. 

 

"Ouso dizer que a melhor coisa a se fazer nesse momento, fazendo o que ele fez no PTB, dando palpite, era João Roma recuar dessa pré-candidatura, fosse candidato a deputado federal, seria um dos mais votados no estado. Ele seria sufragado pelos eleitores de Bolsonaro. E Bolsonaro, que não apoiasse ninguém, deixasse a política da Bahia seguir seu rumo. Na conjuntura atual, se eu achasse que eu era melhor que ACM Neto ia ser candidato, tive oportunidade e não fui. Busquei um líder, ele é uma liderança de renome nacional. Enquanto João Roma é uma cria que se voltou contra o criador", disse ao Bahia Notícias. 

 

Prates também revelou que o PTB não dependia de uma liberação de ACM Neto para manter o apoio a Bolsonaro. "Foi uma composição política. Ao contrário do que pregam as hostes do PL, tentando imputar a ACM Neto tem viés esquerdista. O principal inimigo de Neto é o PT. Ele não tem nada contra o governo Bolsonaro, tanto que não foi empecilho para mantermos essa conversa e nas circunstâncias ele é o melhor para o estado. O ACM Neto antes de tudo é um estadista. Em nenhum momento esteve em pauta qualquer restrição a esse apoio que nós dispensamos ao governo Bolsonaro. Na qualidade dos defensores de interesses da Bahia ele está focando no estado", sinalizou. 

 

O agora presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal) também teceu críticas aos integrantes do PL. "O que João Roma não tem, nós temos de sobra. Vi a doutora Raíssa [Soares] falando que me conhecia, só esqueceu de dizer que quem apresentou Roberto Jefferson a ela fui eu, e mentiu dizendo que o PTB se alimenta da mesma fonte ideológica do PL. O PTB tem história e o PL tem ficha corrida", completou.