
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Subiu de 47% para 50% a desaprovação à participação da
primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, no governo do seu marido, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o que constatou pesquisa realizada
pelo Instituto PoderData e divulgada nesta sexta-feira (21).
A pesquisa anterior do PoderData havia sido realizada entre
os dias 12 e 14 de outubro do ano passado, e portanto em seis meses, a
desaprovação à atuação da primeira-dama cresceu três pontos percentuais. Os
números atuais de 50% de desaprovação foram obtidos entre os 83% de eleitores
que dizem conhecer Janjan bem ou apenas de ouvir falar. 17% afirmaram não
conhecer a esposa do presidente Lula.
Em meio aos que conhecem a primeira-dama, segundo a pesquisa,
apenas 29% aprovam o trabalho de Janja, enquanto 21% não sabem avaliar a
atuação dela.
Em relação à desaprovação, um dado curioso é que ela é
praticamente igual entre homens e mulheres: 51% dos homens desaprovam, e 50%
das mulheres tem a mesma opinião sobre a primeira-dama. Já a aprovação é maior
na opinião das mulheres (30%) e menos em meio aos homens (27%).
O PoderData também cruzou as informações sobre a aprovação de
Janja em relação aos eleitores de Lula e de Jair Bolsonaro no 2º turno de 2022.
A pesquisa mostra um dado surpreendente: 55% dos eleitores do líder petista
desaprovam a atuação da primeira-dama, contra 45% dos bolsonaristas. A
aprovação é praticamente igual, com 29% dos eleitores de Lula e 30% dos
seguidores de Bolsonaro favoráveis à atuação de Janja junto ao presidente.
Outros recortes da pesquisa revelam que a desaprovação da
primeira-dama é maior na faixa etária de 60 anos ou mais (53%), de
entrevistados da região Norte (57%), entre pessoas com até o ensino médio
(52%), com faixa de renda de dois a cinco salários mínimo (53%) e que se
declaram católicos (52%).
Já a aprovação do trabalho de Janja é maior na faixa de idade
de 16 a 24 anos (31%), de pessoas da região Sul (35%), entre estudantes do
ensino fundamental (31%), em meio a entrevistados dentro da faixa de renda até
dois salários mínimos (31%) e os que se declaram evangélicos (32%).
A pesquisa PoderData foi realizada de 15 a 17 de março de
2025. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 198
municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação
paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade,
grau de instrução, região e renda.
A margem de erro da pesquisa PoderData é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas por
telefone (para linhas fixas e de celulares), por meio do sistema URA (Unidade
de Resposta Audível), em que o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde
por meio do teclado.
Por Bahia
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