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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / EBC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que irá
incluir os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e
do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na rodada de negociações para destravar
a reforma ministerial. Segundo o entorno do petista, os parlamentes já foram
informados sobre a convocação da reunião de Lula com os partidos na próxima
semana.
Inclusive, o presidente do Senado também viajará nesta
quinta-feira (13) com Lula ao Amapá, a convite do petista.
Lula ainda vai conversar com os ex-presidentes da Câmara e do
Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para
discutir eventual entrada deles no governo. O centrão cobiça a pasta da
Agricultura, atualmente comandada por Carlos Fávaro (PSD), movimento que
enfrenta grande oposição do PSD.
De acordo com informações da Folha de São Paulo, pelo
cronograma descrito por colaboradores do presidente, Lula deverá iniciar as
mudanças na Esplanada nas pastas ocupadas hoje por petistas ou ministros
considerados de sua cota pessoal.
Nessa condição estaria a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Para seu lugar, estão cotados dois ex-titulares da Saúde: o ministro das
Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Ebserh (Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares), Arthur Chioro.
O período dessa articulação coincide com um momento de
desgaste do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT). A
situação do titular da pasta responsável pelo Bolsa Família já era considerada
frágil por interlocutores, com sua posição ameaçada. Além disso, na semana
passada, ele contrariou o governo ao afirmar que estava à mesa a possibilidade
de reajuste do valor do Bolsa Família.
A declaração do ministro gerou ruídos no mercado e levou a
Casa Civil, comandada por Rui Costa (PT), a publicar uma nota afirmando que não
havia estudos sobre isso no governo. Ele diz à Folha que segue se dedicando
"com entusiasmo" ao ministério.
Na avaliação de aliados, o deslize de Wellington poderia ser
um empurrão para sua volta ao Senado, até porque colaboradores do presidente
defendem reforço da articulação governista na Casa.
Entre as alterações esperadas para a chamada cozinha do
presidente está a entrada da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR),
na Secretaria-geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo.
A ministra Cida Gonçalves (Mulheres), por sua vez, pode ser
substituída pela ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do PCdoB,
que assim abriria caminho para que um partido do centro, como o PSD, comandasse
sua atual pasta.
A opção por Padilha para a Saúde abriria um debate sobre o
futuro da Secretaria de Relações Institucionais. Enquanto uma ala defende que
permaneça com o PT, o que daria força a nomes como o do líder do governo no
Senado, Jaques Wagner, outro grupo propõe a nomeação de um aliado.
Nesta hipótese, é cotado o nome de Silvio Costa Filho
(Republicanos), atual ministro de Portos e Aeroportos. Líderes partidários
chegaram a propor o nome de Isnaldo Bulhões (MDB-AL) para a função.
Por Bahia Notícias