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A costura para uma eventual fusão entre o PSD e o PSDB
parecem ficar mais intensas com o tempo. Debatida pelos presidentes nacionais,
o movimento pode impactar diretamente na Bahia. Ao Bahia Notícias, lideranças
estaduais do partido admitiram, sob condição de anonimato, que a fusão é “um
movimento real” e pode ocorrer em breve.
Capitaneado por Marconi Perillo e o presidente nacional do
PSD, Gilberto Kassab, a discussão também tem a presença de outras lideranças
partidárias nacionais. Os presidentes nacionais do Republicanos, Marcos
Pereira, do Podemos, Renata Abreu, além do presidente nacional do MDB, Baleia
Rossi, também integram os debates.
"Estamos conversando internamente e com vários partidos
que têm nos procurado. A decisão que tomamos é que a gente vai aprofundar esse
diálogo interno e externo após a retomada dos trabalhos do Congresso Nacional.
Em fevereiro, pretendemos anunciar alguma decisão”, disse Perillo ao UOL.
Pela Bahia, o deputado federal e presidente da Federação PSDB
e Cidadania na Bahia, Adolfo Viana, e o senador Otto Alencar também estariam
participando diretamente dos debates com a cúpula nacional do partido.
Em lados distintos na Bahia, PSD e PSDB podem ter “entraves”
sobre o comando e o direcionamento. Apesar disso, as lideranças tucanas no
estado, procurados pelo BN indicaram que, em caso de desfecho positivo para a
fusão, o partido teria grande amplitude, com isso “possuiria várias correntes”,
o que seria “natural” em meio ao debate. O exemplo citado foi o do PP, aliado
no estado da gestão petista e, em Salvador, com parceria com o grupo do
prefeito Bruno Reis (União).
O cenário também seria repetido em outros estados, que também
possuem peculiaridades sobre a relação partidária, como em São Paulo, Minas
Gerais e Pernambuco. “A ideia é ter um movimento muito bem calibrado”, apontou
um interlocutor.
A ação de aproximação também deve impactar no Cidadania,
atualmente federado com os tucanos. De acordo com Comte Bittencourt, presidente
nacional do Cidadania, a tendência é que, com a separação, o partido volte a
existir isoladamente a partir de março, mediante o movimento do PSDB. “Não
estamos participando de nenhuma conversa de fusão”, apontou recentemente.
Por Bahia Notícias