Foto: Lula Marques / Agência Brasil
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou nesta sexta-feira (3), a suspensão dos pagamentos de emendas
parlamentares para 13 organizações não governamentais (ONGs) que não cumprem
critérios de transparência. Outras 9 atendem aos critérios de forma incompleta.
A decisão do ministro ocorreu após divulgação do relatório da
Controladoria-Geral da União (CGU), em que metade das 26 entidades fiscalizadas
constam não tendo mecanismos de transparência de recursos.
Segundo informações do G1, o ministro também determina
- A
realização de auditoria da CGU nas 13 ONGs que não seguem os critérios de
transparência;
- Prazo
de 60 dias para apresentação de um relatório sobre o tema;
- A
intimação das outras 9 entidades que não atendem aos critérios
completamente para que cumpram a determinação de transparência no prazo de
10 dias; e
- O
cadastramento dessas ONGs nos sistemas de Cadastro de Empresas Inidôneas e
Suspensas (Ceis) e na lista de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos
Impedidas (CEPIM).
Flávio Dino alegou que, "a ausência ou insuficiência de
transparência ativa dificulta o controle, especialmente o controle social,
essencial para a supervisão adequada e a garantia de accountability [prestação
de contas] na aplicação dos recursos públicos".
A partir desta sexta, a Advocacia-Geral da União (AGU) tem
cinco dias para comunicar aos ministérios que novos repasses não devem ser
feitos para as organizações citadas.
O relatório elaborado pela CGU é resultado de uma análise por
amostragem e o critério de seleção para análise foi o volume de recursos
repassados às entidades. Foram escolhidas 26 entidades em mais de mais de 600
ONGs que receberam repasses.
O estudo aponta que: 13 ONGs não fornecem transparência
adequada ou não divulgam informações; 9 apresentam informações incompletas, ou
seja, mostram dados de parte das emendas ou possuem anos sem atualização; 4
entidades possuem transparência das informações de forma adequada.
Ainda conforme a CGU, outras 7 entidades não entraram na
contabilidade, porque não receberam pagamento no período de 2020 a 2024, embora
exista registro de reserva de recursos a partir de 2 de dezembro do ano
passado.
Por Bahia Notícias