Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) se reuniu nesta segunda-feira (10), no Palácio do Planalto, com
reitores de universidades e institutos federais. O governo preparou o anúncio
de investimentos nas instituições.
O ministro da Educação, Camilo
Santana, informou que serão R$ 5,5 bilhões em investimento do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) para universidades e hospitais universitários,
sendo R$ 3,17 bilhões na consolidação de estruturas; R$ 600 milhões para
expansão; e R$ 1,75 bilhões para hospitais universitários. As informações são
do g1.
A consolidação, conforme Camilo,
prevê investimento em sala de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas,
refeitórios, moradias, centros de convivência. Os recursos contemplam 223 novas
obras, sendo 20 em andamento e 95 retomadas.
A expansão trata de 10 novos
campi vinculados a universidades já existentes nas cinco regiões do país.
As cidades dos novos campi de
universidades federais são:
São Gabriel da Cachoeira (AM)
Cidade Ocidental (GO)
Rurópolis (PA)
Baturité (CE)
Sertânia (PE)
Estância (SE)
Jequié (BA)
Ipatinga (MG)
São José do Rio Preto (SP)
Caxias do Sul (RS)
Nos hospitais, Camilo informou
que serão 37 obras em 31 hospitais para ensino e atendimento à população.
Ainda de acordo com o governo,
haverá recurso para oito novos hospitais universitários. Eles serão nas
seguintes instituições:
Universidade Federal de Pelotas
(RS)
Universidade Federal de Juiz de
Fora (MG)
Universidade Federal do Acre
(AC)
Universidade Federal de Roraima
(RR)
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (RJ)
Universidade Federal de Lavras
(MG)
Universidade Federal de São
Paulo (SP)
Universidade Federal do Cariri
(CE)
Além dos R$ 5,5 bilhões, Camilo
anunciou o acréscimo de R$ 400 milhões para custeio de universidade (R$ 279,2
milhões) e institutos federais (R$ 120,7 milhões).
O ministério disse que o
orçamento das universidades, em 2024, após a recomposição, será de R$ 6,38
bilhões. Nos institutos federais, o orçamento ficará em R$ 2,72 bilhões.
"A proposta que o governo
está fazendo é que, amanhã terá reunião, que se for aceito, mais R$ 10 bilhões
até 2026, mais R$ 10 bilhões no orçamento das universidades", disse
Camilo.
Reitora da Universidade de
Brasília (UnB) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições de Ensino Superior (Andifes), Márcia Abrahão, destacou que os
salários de professores e servidores estão "defasados" e disse
esperar um acordo entre governo e sindicatos nesta semana.
GREVE
O encontro foi realizado em meio
à greve dos professores e servidores da educação superior, que reivindicam
reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação
de normas aprovadas nos governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair
Bolsonaro. Em assembleia na última quinta-feira (06), professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
votaram pela continuidade da greve.
O Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), aponta uma defasagem de
22,71% no salário dos professores, acumulada desde 2016.
Lula, que começou a carreira
política como líder sindical em São Paulo, já declarou que ninguém será punido
por causa da greve. O presidente se elegeu para o terceiro mandato com discurso
de valorização do ensino público.
Antes do anúncio desta segunda,
o governo já tinha divulgado o plano de criar 100 novos campi de institutos
federais, que oferecem cursos técnicos e de graduação e pós-graduação.
Nos últimos meses, o governo
discutiu ações do PAC para realização de obras nas universidades, cujos
reitores defendem o aumento do repasse de recursos para o orçamento das
instituições.
Por Bahia
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