Foto: Reprodução / Foursquare


Após a abertura de inquérito para investigar a possível omissão da prefeitura de Porto Seguro na preservação de patrimônio histórico, referente à preservação de ruínas da primeira igreja do Brasil, localizada no interior do loteamento Outeiro da Glória, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que em 30 dias o município adote uma série de medidas já determinadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

 

A área em questão está inserida no Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do município de Porto Seguro, tombado pelo Iphan em 1º de março de 1974. Segundo o instituto, a construção da igreja foi iniciada por dois franciscanos e utilizada para catequizar indígenas que viviam na região a partir de 1503, possibilitando o aparecimento da primitiva Aldeia de Santa Cruz. 

 

Neste prazo de um mês, o procurador da República, Fernando Zelada, recomenda que o prefeito Jânio Natal (PL) adote as seguintes medidas:

 

  • Manutenção das cercas metálicas ao redor do terreno, inclusive na borda da encosta;  Substituição da placa informativa no acesso ao sítio;  
  • Limpeza e serviços de conservação da coluna de pedra remanescente, a serem realizados por profissional especializado;  
  • Melhorias nas circulações de pedestres;  
  • Limpeza do terreno;  
  • Retirada/poda de mato;  
  • Plantio de grama

 

O MPF solicitou que dentro de 10 dias sejam enviadas informações quanto ao acatamento ou não da recomendação. Em caso de omissão da adoção das medidas recomendadas, o órgão sinaliza a possibilidade de aplicação de sanções administrativas e ações judiciais “contra os que se mantiverem inertes e que poderão, ainda, vir a ser responsabilizados por eventuais prejuízos ao meio ambiente”.


Por Bahia Notícias