
Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O Ministério das Relações
Exteriores informou nesta terça-feira (19) que o governo brasileiro indicou a
ex-ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber para ocupar uma vaga
no Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Rosa vai substituir o
ex-ministro da Corte Ricardo Lewandowski, que atualmente ocupa o cargo de
ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT).
O Tribunal Permanente de Revisão
é a corte jurídica do Mercosul, responsável por atuar para a solução de
controvérsias. Dessa forma, cabe a essa corte interpretar e propor medidas para
que sejam cumpridos os instrumentos e normas estabelecidos no processo de
integração no bloco.
O chamado TPR é composto por
cinco árbitros. Outros três foram designados pelos governos da Argentina,
Paraguai e Uruguai, e um quinto é escolhido de forma unânime entre os governos
do bloco.
O também ex-ministro do STF
Ricardo Lewandowski ocupou a presidência do Tribunal do Mercosul até janeiro
deste ano, quando pediu desligamento para assumir o cargo no governo Lula. Ele
então tornou-se ministro da Justiça e Segurança Pública, em substituição a
Flávio Dino, que fez o caminho inverso e tornou-se ministro do STF.
O mandato do árbitro é de dois
anos, renováveis por até dois períodos consecutivos. A presidência atual do
Tribunal caberá à árbitra brasileira.
Rosa Weber se aposentou no STF
em setembro do ano passado, poucos dias antes de completar 75 anos —a data
limite para ministros da Corte. Ela permaneceu cerca de 12 anos no cargo, tendo
sido indicada por Dilma Rousseff (PT).
A ministra era a presidente do
Supremo ao se aposentar e teve uma gestão celebrada por setores da sociedade
por ter pautado julgamentos marcantes, como os da descriminalização das drogas
e do aborto e o do marco temporal das terras indígenas.
A ministra encerrou sua gestão,
porém, sob críticas do Congresso, que a acusou de interferir em temas de
competência do Legislativo.
Por Bahia
Notícias