Foto: Arthur Guimarães / Metrópoles
O atual conselheiro do Tribunal
de Contas do estado (TCE) do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, garantiu que não
mandou matar Marielle Franco. A declaração foi dada nesta terça-feira (23) em
entrevista ao portal Metrópoles, que é parceiro do Bahia Notícias.
Político de longa carreira no
Rio, Brazão é citado nas apurações do caso Marielle Franco há mais de 3 anos,
mas as investigações andaram pouco no período – até a entrada da Polícia
Federal no circuito, em 2023. Nesta terça, repercutiu a notícia de que ele
teria sido delatado pelo PM reformado Ronnie Lessa como mandante
do assassinato da vereadora, em 2018, num crime que também vitimou
seu motorista, Anderson Gomes. A delação ainda não teria sido homologada pela
Justiça.
Em entrevista exclusiva ao
Metrópoles, Brazão diz viver um drama injusto. “Mas não tira mais meu sono”,
afirmou na tarde desta terça-feira (23/1). Para o político, “ninguém lucrou
mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol”. Membro de uma família
de políticos, ele nega conhecer Lessa, Élcio, que confessou ter dirigido o
carro para o atirador no dia do crime, e a própria Marielle. Também faz questão
de dizer que nunca teve relação com milicianos.
Brazão disse ao Metrópoles não
temer a investigação, e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia
dos executores do crime para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a
própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí,
que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí.”