Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (22) que o fundão eleitoral recorde
para bancar a campanha de prefeitos e vereadores nas eleições do ano que vem
"é um erro grave do Congresso".
Após uma disputa entre a Câmara
e o Senado, o valor do fundo foi fixado pela CMO (Comissão Mista de Orçamento)
nesta quinta (21) em quase R$ 5 bilhões —praticamente o dobro do último pleito
municipal, em 2020.
"O fundo eleitoral com base
em 2022 para eleição municipal é um erro grave do Congresso. As pessoas não
compreenderão por que em 2020, em uma mesma eleição municipal, foram R$ 2
bilhões", disse o senador em café da manhã com jornalistas.
Pacheco, que acumula a
presidência do Congresso, afirmou que a decisão "não tem critério" e
que discorda "totalmente". O senador disse ainda que o fundão recorde
pode retomar as discussões sobre a volta do financiamento privado de campanhas.
Até 2015, as grandes empresas,
como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis por financiar os
candidatos. Naquele ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu a doação
empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibra o jogo
democrático.