O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o porte de armas a partir das 18h desta quarta-feira (28) até 2 de janeiro, em todo território do Distrito Federal. A medida só não vale para agentes da segurança pública, integrantes das Forças Armadas e funcionários de empresas de transporte de valores.

A restrição atinge colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, que tiveram o acesso às armas facilitados por uma série de decretados do presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a decisão de Moraes, quem desrespeitar a determinação nesse período deverá ser autuado em flagrante por porte ilegal de arma.

Moraes atendeu pedido da equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), disse nesta terça (27) que a solicitação é mais uma medida de segurança que visa garantir a “tranquilidade” e “paz” no dia da posse presidencial no próximo domingo (1º).

A tensão em Brasília aumentou após o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, ser presos e autuado em flagrante por terrorismo. Apoiador de Bolsonaro, ele confessou ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no sábado (24).

Alan Diego Rodrigues está sendo procurado pela Polícia Civil
Em depoimento aos policiais, o homem disse que o ato foi planejado por apoiadores de Bolsonaro que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército, na capital, desde o resultado das eleições.

O grupo protesta contra o resultado das eleições presidenciais, da qual Lula saiu vitorioso, e pede a intervenção do Exército para impedir a posse do petista. Com informações d’O Tempo.

FOTO: Carlos Moura/SCO/STF |