No dia 1º de dezembro completa um ano da privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que teve seu nome mudado pela Acelen para Refinaria de Mataripe. Com a proximidade da data, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) divulgou uma nota criticando a privatização e defendendo a reestatização da refinaria baiana no futuro governo Lula.
“É possível afirmar que a Bahia e os consumidores baianos perderam, e muito. Hoje o estado nordestino tem um dos combustíveis mais caros do Brasil e há desabastecimento de gás de cozinha no mercado. Mesmo com a redução do ICMS, a gasolina na Bahia é cerca de R$ 0,50, por litro, mais cara do que nos demais estados”, avaliou o sindicato.
O sindicato alertou para prejuízos causados à economia baiana e aos consumidores pela privatização e ainda avaliou que, mesmo que a política de preços da Petrobras seja modificada - como pretende o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva -, o preço da gasolina, diesel e gás de cozinha não sofrerá redução na Bahia.
“A Acelen, criada pelo grupo árabe Mubadala para administrar a RLAM, após privatização, ao contrário da Petrobras, não produz petróleo. A empresa, portanto, não tem margem para fazer nenhum tipo de mudança nos preços, exatamente porque não produz e precisa comprar no mercado internacional o que vende”, diz trecho da nota divulgada pelo Sindipetro.