Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados vai pautar para a próxima semana um
requerimento de urgência que trata da redistribuição das cadeiras entre os
estados e o Distrito Federal. No entanto, a tendência entre os líderes
partidários é seguir um caminho alternativo: ao invés de transferir vagas de
uma unidade da federação para outra com base na variação populacional, como
determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Casa deve aprovar a criação
de novos mandatos.
A proposta tem o apoio do presidente em exercício da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), e foi discutida na reunião do colégio de líderes realizada
nesta quarta-feira (30). A medida resgata uma articulação iniciada ainda na
gestão de Arthur Lira (PP-AL), em agosto de 2023, após o STF definir o prazo de
30 de junho de 2025 para o Congresso aprovar uma nova lei complementar que
atualize a representação proporcional dos estados.
De acordo com estimativas preliminares, estados como Pará e Santa Catarina
ganhariam quatro cadeiras cada. O Amazonas teria direito a duas a mais,
enquanto Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais aumentariam em uma vaga. Por
outro lado, perderiam espaço o Rio de Janeiro, Bahia, Piauí, Rio Grande do Sul,
Alagoas, Pernambuco e Paraíba — este último é reduto eleitoral de Hugo Motta.
A redistribuição foi determinada pelo STF no âmbito de uma ação movida pelo
governo do Pará, que alega ter direito a mais quatro deputados desde 2010.
Atualmente, o número de parlamentares federais é fixado em 513 desde a edição
de uma lei complementar em 1993.
A votação da urgência deve ocorrer na próxima semana. O mérito da proposta — se
haverá aumento no número total de deputados ou apenas redistribuição entre
estados — deve ser debatido até o fim de maio. As informações são do
Metrópoles.
Por Bahia Notícias