
Foto: Raffa Neddermeyer / Agência Brasil
O Ministério da Saúde ampliou o uso da donepezila para
pacientes com forma grave da doença de Alzheimer via Sistema Único de Saúde
(SUS). A ampliação foi divulgada por uma portaria publicada pelo órgão nesta
quinta-feira (15) no Diário Oficial da União. O medicamento em questão ajuda a
preservar as funções cognitivas e a capacidade funcional dos pacientes e era
disponibilizado, até então, apenas para pessoas com formas leves ou moderadas
da doença na rede pública.
Em nota, a pasta informou que, a partir de agora, pacientes
com forma grave da doença poderão usar a donepezila em conjunto ou não com a
memantina, medicação já disponibilizada pelo SUS. A estimativa da pasta é que
cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas no primeiro ano da oferta do
medicamento.
“O cuidado contínuo por meio desses medicamentos auxilia na
redução de sintomas da doença, como confusão mental, apatia e alterações de
comportamento nos pacientes”, destacou o comunicado.
A demanda para ampliação do uso da donepezila surge durante o
processo de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)
da doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa
progressiva que atinge a memória, o comportamento e a autonomia dos pacientes.
Embora não haja cura, o tratamento pode contribuir para a redução do ritmo da
perda de capacidades.
Estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS (Conitec) apontam que a continuidade do uso da donepezila
pode melhorar sintomas como agitação, apatia e confusão, além de adiar a
necessidade de institucionalização.