
Foto: Lucas Figueiredo / CBF
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo
Rodrigues, foi afastado do cargo de gestor da entidade, nesta quinta-feira
(15). Ainda na quarta (14), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, havia negado o pedido de afastamento do comandante. No entanto,
o desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
(TJ-RJ) definiu pelo afastamento do baiano. Quem assume é
Fernando Sarney, vice-presidente da entidade e filho do ex-presidente da
República José Sarney, que vai conduzir as próximas eleições da CBF.
"Pelo exposto, determino: 1- o afastamento da atual
diretoria da CBF; 2- que o Vice-Presidente da CBF, Fernando José Sarney,
realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor,
o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários, ficando a seu
cargo, até a posse da diretoria eleita, os poderes inerentes à administração da
instituição, dispostos no art.7º do Estatuto da Entidade", afirmou.
Ednaldo, ex-dirigente da Federação Bahiana de Futebol, chegou
à CBF em 2021, como presidente interino e já em 2022 foi eleito gestor
definitivo da organização. Além do primeiro período de quatro anos de mandato,
o gestor foi reeleito e poderá ficar no cargo até 2034.
No começo do mês de maio, a deputada Daniela Carneiro (União
Brasil-RJ) solicitou ao STF o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da
presidência da CBF, e a revisão do acordo firmado pelo tribunal, que encerrava
a ação questionando o processo eleitoral da entidade.
Após a polêmica, a entidade se pronunciou sobre o caso e
negou a ilegitimidade do processo que liberou o comando da presidência.
“A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo
mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de
representantes devidamente legitimados. O processo foi legítimo e teve acordo
homologado. É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a
pedido de uma parlamentar”, confirmou.
Apesar da negativa da entidade, o desembargador responsável
pelo caso anulou o acordo assinado pelo Coronel Nunes e outros dirigentes
da Confederação Brasileira de Futebol.
"A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à
inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel
Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos
são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente", escreveu
Gabriel Zafiro.