
Foto: Divulgação / Sefaz-BA
A operação Ponto de Venda, da Secretaria da Fazenda do Estado
(Sefaz-Ba), flagrou uma empresa no centro de Salvador utilizando duas máquinas
de cartão de crédito e débito em nome de pessoa física e funcionando sem CNPJ
cadastrado no fisco estadual. Segundo a pasta, a movimentação configura
sonegação fiscal. Na operação, foram apreendidos
os equipamentos e lavrou auto de infração pela utilização irregular.
A fiscalização realizada nesta terça-feira (8) é parte de uma
ação mais abrangente em curso: a Ponto de Venda busca aferir a regularidade do
uso, pelo comércio baiano, das máquinas de cartões de crédito e débito,
conhecidas pela sigla POS (do inglês point of sale).
Desde que foi lançada, em outubro de 2024, a Ponto de Venda
visitou um total de 5.416 empresas, tendo apreendido 178 máquinas de cartão de
débito e crédito que não correspondiam com o CNPJ do estabelecimento. A multa
por equipamento irregular é de R$ 13,8 mil. Além disso, foram detectados 383
estabelecimentos comerciais que não estavam funcionando no endereço indicado no
cadastro da Sefaz-Ba.
De acordo com o coordenador da Inspetoria de Fiscalização de
Mercadorias em Trânsito da Região Metropolitana de Salvador, Osvaldo Ribeiro, o
objetivo da Secretaria da Fazenda é o combate à sonegação e à concorrência
desleal. “Um estabelecimento que compra e vende sem emissão de nota fiscal
obtém grande vantagem sobre aqueles contribuintes que pagam os seus impostos
regularmente e cumprem as suas obrigações com o fisco”, explica.
O diretor de Planejamento da Fiscalização da Sefaz-Ba, César
Furquim, ressalta que, no caso das máquinas de cartões de crédito e débito
irregulares, o fisco baiano pode também enviar notícias-crimes sobre este tipo
de irregularidade ao Ministério Público Estadual (MP-BA), tendo em vista que o
uso de POS com CNPJ de outra empresa ou um CPF de pessoa física configura crime
contra a ordem tributária, conforme a legislação.
“Além de não ocorrer a emissão do documento fiscal no ato de
venda de mercadorias, o uso de um POS irregular indica omissão do faturamento
real”.
Por Bahia Notícias