
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Na noite desta terça-feira (18), os líderes partidários,
reunidos na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB),
fecharam o acordo para a presidência das 30 comissões permanentes da Casa. De
acordo com a divisão dos colegiados, o PV teve direito a ficar com a Comissão
de Fiscalização Financeira e Controle, e indicou o deputado baiano Bacelar como
seu presidente.
Inicialmente a Comissão de Fiscalização Financeira estava
destinada a ficar com o PT. Entretanto, um acordo feito pelo líder petista,
Lindbergh Farias (RJ), levou o PT a ceder a Fiscalização para o PV, em troca de
assumir a Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais,
importante para o governo por causa da realização da COP30 (Conferência das
Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) em Belém (PA), em novembro de 2025.
A reunião para eleição do deputado Bacelar acontecerá na
manhã desta quarta (19). O parlamentar do PV substituirá outro baiano que
presidia o colegiado em 2024, o deputado Joseildo Ramos (PT).
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle tem entre
suas atribuições a tomada de contas do presidente da República, o
acompanhamento e fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, a
análise de planos e programas de desenvolvimento nacional ou regional. A
comissão também faz o exame dos relatórios de atividades do Tribunal de Contas
da União, além de apreciar a requisição de informações, relatórios, balanços e
inspeções sobre as contas ou autorizações de despesas de órgãos e entidades da
administração federal.
O deputado Bacelar, de 67 anos, está em seu terceiro mandato
consecutivo como representante do estado da Bahia na Câmara dos Deputados. O
deputado, que já foi líder do PV, atualmente é vice-líder do governo na
Câmara.
Em seus mandatos, o deputado baiano já foi membro titular de
diversas comissões, e também foi presidente da Comissão de Turismo, em 2021.
Bacelar também participou de diversas CPIs, como a de Manipulação de Resultado
em Partidas de Futebol, a de Derramamento de Óleo no Nordeste, e a de Violência
contra Jovens Negros e Pobres.
Antes de ser eleito deputado federal, Bacelar foi vereador na
cidade de Salvador entre os anos de 1993 a 2000. Depois o político baiano foi
deputado estadual por dois mandatos na Assembleia Legislativa da Bahia, entre
2007 e 2014.
Em sua biografia, Bacelar foi presidente do Instituto de
Previdência em Salvador, entre 2001 e 2003, e secretário de Educação e Cultura
da Prefeitura Municipal de Salvador, entre 2010 e 2013.
Por Bahia Notícias