
Foto: Rafael Ribeiro/ CBF
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo
Rodrigues, não compareceu aos sorteios da fase de grupos da Libertadores e da
Sul-Americana na última segunda-feira (17). O mandatário também não enviou um
representante da entidade máxima do futebol brasileiro. A ausência foi pensada,
já que Ednaldo considerou branda a punição para mais um caso de racismo em uma
competição organizada pela Conmebol.
A reação do presidente da CBF aconteceu dias depois de
Luighi, atacante do Palmeiras, ser alvo de ofensas racistas na Libertadores
sub-20, na partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai. Depois do ocorrido,
tanto o clube paulista quanto a CBF cobram um posicionamento mais duro da
Conmebol para coibir esses casos.
O clube paraguaio foi multado em 50 mil dólares e jogou de
portões fechados na competição sub-20.
Ednaldo cobrou uma punição esportiva da Conmebol para o Cerro
pelo caso com o Luighi. Em nota, ele se disse chocado com cenas do tipo e pediu
“punições enérgicas”. O mandatário também enviou um ofício para a Fifa, pois
considerou que o protocolo para casos de racismo não foi seguido corretamente
pela arbitragem.
O protocolo prevê três passos: O árbitro deve parar a partida
e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do
comportamento racista. Caso os atos não parem, o árbitro pode suspender a
partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de
advertência.
E finalmente, se a ação continuar acontecendo, o árbitro pode
determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.
Membro do conselho da Conmebol e da Fifa, Ednaldo Rodrigues
mantém contato com Alejandro Domínguez, presidente da entidade máxima do
futebol sul-americano, mas lamenta que a Conmebol não tenha aplicado uma
punição adequada para o caso em Assunção. Ele ainda espera resposta da Fifa
sobre o ofício enviado anteriormente.
Por Bahia Notícias