
Foto: Edu Mota / Brasília
A partir deste sábado, 1º de fevereiro, o Senado Federal
passará a ter um novo presidente, além de renovar a sua Mesa Diretora. Caso
todas as previsões se concretizem, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP),
de 47 anos, será eleito para cumprir um segundo mandato como presidente da Casa
(o primeiro foi entre os anos de 2019 e 2021).
Cumprindo o seu segundo mandato como senador, Davi Alcolumbre
garantiu o apoio de oito partidos à sua eleição, além de possuir o aval do
Palácio do Planalto. O amapaense do União Brasil terá como adversários na
disputa os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do
Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), todos, entretanto,
concorrendo de forma avulsa, sem o compromisso de suas legendas.
No pacote de apoio acertado com os líderes partidários, Davi
Alcolumbre já teria definido a composição da futura Mesa Diretora do Senado.
Além dele na presidência, a direção do Senado teria o PL, segunda maior bancada
(14 parlamentares), na vice-presidência, com Eduardo Gomes (TO). Em 2023, o
Partido Liberal ficou sem cargo na Mesa Diretora, por ter investido na
candidatura do senador Rogério Marinho (RN), que perdeu para o presidente
Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Para a Segunda Vice-Presidência, Alcolumbre fechou acordo com
o PT, partido do presidente Lula. Deve ser eleito para o cargo o senador
Humberto Costa (PE). Atualmente, a legenda está com a Primeira-Secretaria, com
Rogério Carvalho (SE).
Já o PSD, que possui a maior bancada do Senado, com 15
parlamentares, e que presidiu a casa nos últimos quatro anos, preferiu ficar
com a Primeira-Secretaria, que funciona como uma espécie de prefeitura da Casa.
Para o cargo foi escolhida a senadora Daniela Ribeiro (PB).
O MDB, que tem a terceira maior bancada, com 11 senadores,
ocupará a Segunda Secretaria, e escolheu o senador Confúcio Moura (RO) para o
posto. Na atual Mesa Diretora, o MDB tinha o senador Veneziano Vital do Rego
(PB) como Primeiro Vice-Presidente.
O PSB, apesar de ter uma bancada menor do que a de outros
partidos (quatro senadores), deverá manter o senador Chico Rodrigues (RR) na
Terceira Secretaria. Já a Quarta Secretaria, que era ocupada pelo Podemos, foi
destinada ao PP, e há uma disputa entre os senadores Laércio Oliveira (SE) e
Dr. Hiran (RR) pela cadeira.
O Podemos, que tem uma bancada de seis senadores e ocupava
dois postos na Mesa Diretora atual (Rodrigo Cunha e Styvenson Valentim), ficou
sem nenhum cargo na Mesa, até porque sua bancada se dividiu e apresentou duas
candidaturas avulsas.
Também ficaram de fora da futura Mesa Diretora o
Republicanos, que tem quatro senadores, e o PDT, que possui uma bancada com
três parlamentares. Esses partidos, entretanto, ainda podem ser agraciados com
uma das quatro suplências que estão em aberto.
A Mesa Diretora atual, sob o comando do senador Rodrigo
Pacheco, tem um mineiro e o restante dos membros das regiões Norte e Nordeste.
Caso a vitória de Alcolumbre se concretize, a futura direção do Senado para o
período 2025-2027 terá apenas senadores das regiões Norte e Nordeste.
Por Bahia Notícias