Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Membros da ala mais pragmática do Partido dos Trabalhadores
têm conversado com líderes do chamado ‘centrão’ nos últimos dias, por
acreditarem que os desafios econômicos, alinhados a uma política enfraquecida,
podem se agravar este ano a ponte de tornar inviável a reeleição do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os líderes dos principais partidos do Congresso têm alertado
a estes petistas que uma simples reforma ministerial não seria o bastante para
reverter a situação e recuperar a credibilidade do governo. Para eles, apenas
uma grande reforma, com gestos concretos, tanto para o mercado quanto para a
política, seria suficiente.
Na visão do ‘centrão’, uma troca que colocasse o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad na Casa Civil e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, na
Fazenda, poderia surtir os efeitos desejados. A mudança representaria uma
renovação do compromisso de Lula com o ‘centrão’, trazendo um político que
simbolizou a ala em 2022.
O vice-presidente, segundo estes líderes, tem uma visão não
expansionista de gastos e mantém bom diálogo com o mercado. Haddad, para eles,
possui prestígio com empresários e o mercado, mas a sua relação conturbada com
o ministro da Rui Costa tem contribuído na piora da resistência à sua agenda
econômica.
Segundo o G1, para os líderes do ‘centrão’, caso o presidente
deseje blindar e proteger o ministro da Fazenda, visto como o seu sucessor
natural, e que o substituiu quando foi impedido de concorrer à presidência nas
eleições de 2018, a troca de Rui Costa por Haddad pode ser positiva.
Para interlocutores dentro do PT, o maior empecilho para a
troca parece ser, justamente, convencer o presidente Lula, que tem o seu
próprio ritmo para definir mudanças dentro do governo, e é um grande apreciador
do trabalho de Rui Costa, não parecendo cogitar a sua substituição em um futuro
próximo.
Por Bahia Notícias