Foto: Arte Anvisa
A empresa Novo Nordisk, fabricante da Ozempic no Brasil,
tenta ampliar o prazo da propriedade intelectual da Ozempic, para continuar
tendo produção exclusiva no país. A iniciativa acontece cerca de um ano antes
da queda da patente do medicamento.
Segundo O GLOBO, a queda desta patente gera um novo espaço
para que outras empresas vendam medicamentos com o mesmo princípio ativo.
Conforme a reportagem, farmacêuticas brasileiras correm para estruturar
laboratórios parar vender produtos similares.
A concorrência deve fazer com que o custo do tratamento
diminua, já que outras empresas poderiam vender a medicação. Na última
semana, a organização dinamarquesa, dona dos diretos sobre o medicamento,
alegou, em nota, que a aplicação da legislação brasileira não foi razoável no
caso do Ozempic, bem como na autorização de outros remédios, de acordo com o
GLOBO.
Na legislação brasileira, a patente de um fármaco possui
validade de 20 anos após o registro no Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual (INPI). Porém, no caso da Ozempic, a Novo Nordisk só teve a
liberação da patente pelo órgão 13 anos após a solicitação.
A empresa levou a demanda para o governo em dezembro, durante
reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“A Novo Nordisk apoia totalmente os esforços do governo para
acelerar os tempos de processamento de patentes e reconhece o progresso feito
em outros setores. No entanto, a duração do processamento de patentes nos
setores de saúde no Brasil ainda está muito abaixo da média global. (...) A
demora excessiva na tramitação dos processos resulta, na prática, em tempos de
patente utilizáveis muito abaixo dos 20 anos previstos na lei”, argumenta a
empresa.
À Justiça, a empresa pediu para manter a patente até 2036, no
entanto, a demanda foi negada em 2021. Vale lembrar que a patente do Ozempic
está prevista para cair em julho de 2026.
Por Bahia Notícias