Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia fortalecer
o PSD e o MDB em uma iminente reforma ministerial. Segundo auxiliares do
presidente, as alterações planejadas para fevereiro devem trazer um maior
protagonismo a estas siglas e uma eventual redução em outras que não têm
demonstrado ‘fidelidade’ ao governo.
O PSD e o MDB são vistos como uma prioridade, dentro do
governo Lula, para a formação de uma aliança eleitoral forte para o pleito
presidencial de 2026. Os dois partidos são os dois que mais possuem prefeituras
nacionalmente e têm demonstrado serem grandes forças políticas dentro do
Congresso Nacional.
Uma das possíveis reformas de Lula seria a retirada do PSD do
Ministério da Pesca para realocá-lo em Ministérios considerados mais
interessantes, como Turismo, Esporte ou Comunicações. Já com o MDB, a
estratégia governista seria aumentar a representatividade, atualmente, de 3
pastas, para 4, assumindo Ciências e Tecnologia ou Pesca.
A DANÇA DAS CADEIRAS DA ESPLANADA
Com o aumento do espaço para estes partidos, o governo teria
que reduzir a representatividade de partidos que já foram da sua base, mas que,
nos últimos tempos, têm demonstrado certa ‘infidelidade’ ao partido do
presidente no Congresso, com poucas votações pró-governo na Casa: O União
Brasil e o PP.
Os partidos têm sinalizado que não apoiarão a reeleição de
Lula em 2026, e deverão decidir ainda este ano se seguirão na esplanada dos
Ministérios. O PP controla o Esporte e o União, Turismo e Comunicações, além de
um indicado do senador Davi Alcolumbre (AP) para Integração e Desenvolvimento
Regional.
Em votações de projetos governistas, o PP ainda tem
apresentado um nível satisfatório de fidelidade, enquanto o União apresenta um
dos maiores índices de infidelidade. A ideia do governo é aumentar o espaço de
siglas que poderiam ser cruciais na formação de uma frente ampla para a
reeleição de Lula.
Por Bahia Notícias