Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A última semana do mês de janeiro em Brasília começa com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promovendo reuniões e conversas em
torno de três temas prioritários: o aumento dos preços dos alimentos e a busca
por soluções para barateá-los, o início da nova política de deportações em
massa do governo Donald Trump nos Estados Unidos, e a realização da reforma
ministerial, com a mudança de ministros para dar mais espaço aos partidos da
base aliada no Congresso Nacional.
Lula inicia sua agenda nesta segunda às 10hs30, em reunião no
Palácio do Planalto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para
avaliar a posição do Brasil em relação às futuras deportações de brasileiros
que estão sendo expulsos dos EUA. NO último sábado (25), o presidente ficou
preocupado com a forma que os deportados foram tratados pelo governo
norte-americano, ao chegarem no aeroporto de Manaus algemados e com as pernas
acorrentadas.
Os brasileiros relataram ter sofrido agressões dos agentes de
segurança do governo dos Estados Unidos. Em meio às denúncias, o Ministério das
Relações Exteriores pediu explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que
classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros
deportados na última semana.
A agenda do presidente Lula para esta segunda possui ainda
uma reunião às 14h40 com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa
Civil, Marcos Rogério de Souza. Já às 15h, será a vez do presidente se reunir
com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, acompanhado do ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O último compromisso do presidente Lula em sua agenda nesta
segunda está marcado para as 16h, no Palácio do Planalto, na ocasião, Lula se
reunirá com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra do Planejamento e
Orçamento, Simone Tebet.
Ainda nesta semana, o presidente Lula pretende realizar
encontros com atacadistas e produtores de alimentos para discutir os preços no
setor de alimentação no Brasil. O presidente também deve continuar se reunindo
com a equipe econômica, com ministros como Carlos Fávaro, da Agricultura, e Rui
Costa, da Casa Civil, em busca de encontrar soluções para, como ele disse em
vídeo gravado neste fim de semana na Granja do Torto, “que a comida chegue mais
barata à população, de acordo com o seu poder de compra”.
Também nesta semana, é possível que o presidente Lula
participe de alguma forma da reunião de emergência convocada pela presidente de
Honduras, Xiomara Castro, da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (Celac). A reunião será no próximo dia 30 de janeiro, para discutir
temas como migração, em meio a polêmicas envolvendo a deportação de imigrantes
ilegais pelos Estados Unidos. Lula deve definir com o ministro Mauro Vieira
como se dará a participação brasileira no encontro.
No Congresso Nacional, deputados e senadores finalizam o
recesso parlamentar para eleger no próximo sábado (1º de fevereiro) a nova
composição das mesas da Câmara e do Senado, para o biênio 2025-2027. Na Câmara,
a tendência é que seja eleito o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que
costurou uma ampla aliança de partidos em torno de sua candidatura.
Motta deve suceder o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). O
início da sessão para votação está previsto para 16h. Depois da eleição do novo
presidente, serão realizadas as escolhas para os demais cargos da Mesa
Diretora.
No Senado, o favorito para assumir o lugar de Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) é o senador Davi Alcolumbre (União-AP). A sessão no Senado está
prevista para começar às 10h. Alcolumbre disputa a presidência contra os
candidatos Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val
(Podemos-ES).
No Judiciário, essa será a última semana de recesso. A partir
do dia 3 de fevereiro, serão iniciados os trabalhos no Supremo Tribunal Federal
e nos demais tribunais superiores.
Por Bahia Notícias