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Divulgação / MME
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o Projeto de Lei nº 576, de
2021, que disciplina o aproveitamento de potencial energético offshore. A
geração de energia offshore é feita por meio de turbinas eólicas instaladas em
plataformas fixas ou flutuantes no leito marinho. É uma fonte de energia
renovável e limpa que utiliza a força do vento, principalmente em alto-mar,
onde os ventos são mais rápidos, constantes e não há barreiras, sendo mais
produtivas do que as eólicas em solo. Outro diferencial é que os aerogeradores
são maiores do que os utilizados em terra firme.
A medida
foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), nesta
sexta-feira, 10 de janeiro .
A lei
sancionada representa o marco regulatório da energia offshore no país,
estabelecendo diretrizes para o aproveitamento de potencial energético em áreas
sob domínio da União, como o mar territorial, a zona econômica exclusiva e a
plataforma continental, com foco na geração de energia elétrica a partir de
fontes renováveis.
O texto
prevê, também, incentivos ao desenvolvimento da indústria nacional, à geração
de empregos e ao fortalecimento da segurança energética do país, integrando
aspectos econômicos e ambientais. Para garantir a sustentabilidade das
atividades, estabelece exigências para o descomissionamento de empreendimentos
e a restauração das áreas exploradas, além de obrigar consultas prévias às
comunidades afetadas, promovendo o respeito às práticas marítimas tradicionais
e à cultura local.
As
receitas geradas, provenientes de bônus de assinatura, taxas de ocupação e
participação proporcional sobre a energia produzida, serão distribuídas entre
União, estados e municípios, com investimentos, prioritariamente, destinados à
pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.
O Brasil
é o sexto no ranking mundial na produção de energia eólica. Com a nova lei, o
país pode promover uma mudança de patamar na geração de energia limpa e
renovável, com demanda cada vez mais frequente, bem como baratear os custos e
impulsionar a indústria local. A fonte de energia é nova no Brasil, sem a
instalação de nenhuma plataforma devido à falta de legislação.
Os vetos
presidenciais representam uma correção de rumo com a retirada de dispositivos
que não guardam relação com a geração de energia eólica offshore, e não
constavam do projeto original. São eles os artigos 22, 23 e 24.
Conforme
o governo federal,tais dispositivos estão na contramão da lei sancionada, pois
visam a manutenção de matrizes mais poluidoras, caras e ineficientes como
termelétricas, a carvão e gás, como exemplos; bem como alteração nos índices de
correção tarifária, para parâmetro menos vantajoso para a população. Em suma,
estas medidas afetam o bolso do cidadão e o equilíbrio das contas públicas, com
custo estimado em bilhões.
A sanção
presidencial busca posicionar o Brasil como líder na transição energética
global, alinhando-se às principais tendências de exploração de energias
renováveis e reforçando seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, o
desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades regionais.
Por Bahia Notícias