Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/EBC
Em novembro de 2024, as vendas do varejo na Bahia registraram
queda de 2,5% frente a outubro, voltando a apresentar resultado negativo após
quatro altas consecutivas nessa comparação com o mês imediatamente anterior,
que é livre de influências sazonais (desconsidera os efeitos de eventos
recorrentes, como Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais etc.).
A Bahia teve um resultado abaixo do Brasil como um todo, onde
as vendas também caíram (-0,4%). Registrou também a 4ª maior queda entre os 27
estados, 17 dos quais apresentaram retração no período, inferior apenas as de
Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,3%) e Goiás (-2,7%).
Por outro lado, Espírito Santo (4,1%), Acre (1,3%) e Mato
Grosso (1,2%) apresentaram os melhores resultados frente ao mês anterior. Os
dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. Na comparação de
novembro/24 com novembro/23, porém, o resultado das vendas do varejo na Bahia
seguiu positivo (5,8%), chegando ao 25º crescimento consecutivo frente ao mesmo
mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22).
Foi também um resultado melhor do que o nacional (as vendas
cresceram 4,7% no Brasil) e o 14º mais expressivo entre os 27 estados. Roraima
(14,9%), Rio Grande do Sul (11,6%) e Amapá (10,5%) tiveram os maiores avanços,
com o Rio de Janeiro (0,0%) sendo o único a não apresentar crescimento no
comparativo. Com os resultados do mês, o comércio varejista da Bahia teve,
de janeiro a novembro de 2024, um crescimento acumulado de 7,7% nas vendas,
frente ao mesmo período do ano anterior, apresentando o 6º maior índice entre
as unidades da Federação, acima do registrado no país como um todo
(5,0%).
Todos os 27 estados mostram altas nessa comparação, liderados
por Amapá (18,4%), Paraíba (12,3%) e Tocantins (10,2%). Nos 12 meses
encerrados em novembro, as vendas do varejo baiano têm alta acumulada de 7,3%,
também superior à nacional (4,6%) e a 6ª maior entre os estados.
Amapá (17,2%), Tocantins (10,0%) e Paraíba (10,0%) apresentam
os melhores resultados nesse confronto, em que também todas as unidades da
Federação mostram avanços.
CRESCIMENTO EM NOVEMBRO
Em novembro, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito
(que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de
alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023. Assim
como já vem ocorrendo mês a mês, em todo o ano de 2024, as vendas dos
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta
de 9,9% (a mais elevada entre as oito atividades) foram as que mais
influenciaram positivamente o resultado geral do varejo baiano em novembro. Este
foi o 18º avanço mensal consecutivo nas vendas dos supermercados na Bahia, que
têm alta acumulada de 10,6% em 2024.
A segunda principal influência positiva na alta do varejo
baiano, em novembro, veio dos tecidos, vestuário e calçados, que tiveram alta
de 7,4% nas vendas, oitavo resultado mensal positivo consecutivo e o melhor
para um mês de novembro em 12 anos, desde 2012 (que havia sido de 16,5%).
Por outro lado, entre as três atividades com queda, os
combustíveis e lubrificantes (-3,4%) foram as que mais frearam o avanço geral
do varejo baiano em novembro, voltando a apresentar retração após dois meses em
alta. Os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
(-17,0%) registraram a retração mais profunda frente a novembro de 2023, tendo
a segunda principal colaboração negativa para o resultado do varejo baiano no
período. A atividade cai seguidamente há 3 meses.
Por Bahia
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