Foto:
Reprodução / MP-BA
O
Ministério Público da Bahia (MP-BA) realizou 75 operações contra as
organizações criminosas em diversas regiões do estado e chegando a 65
municípios. A atividade resultou em um aumento de quase 60% em relação ao ano
passado, quando deflagrou 40. Os procedimentos do MP-BA resultaram em um
bloqueio de pelo menos R$ 2 bilhões.
As
operações fazem parte da asfixia patrimonial das organizações criminosas
(Orcrins), que é um dos quatro pilares adotados pelo Ministério Público da
Bahia no enfrentamento às facções que, desde 2020, vem numa escalada crescente.
As 75
operações também resultaram em 67 prisões, 350 mandados de busca e apreensão
cumpridos e R$ 240 mil em espécie apreendidos. Os mais de R$ 2 bilhões foram
bloqueados pela Justiça a pedido do MPBA. Os outros três pilares são a atuação
contra os grupos de extermínio, ações especiais dentro do sistema prisional e
enfrentamento às milícias.
No último
pilar, o MP-BA atua com o Gaeco e com o Grupo de Atuação Especial Operacional
de Segurança Pública (Geosp), em operações integradas com as forças de
segurança pública do Estado, principalmente junto à Força Correcional Especial
Integrada da Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O
objetivo é reduzir o alto índice na Bahia da letalidade policial, resultante em
boa medida das ações de grupos milicianos e de extermínio com participação de
policiais criminosos.
Nos
últimos dois anos, a atuação interinstitucional resultou em 36 operações contra
policiais investigados por ações criminosas, principalmente pelos crimes de
homicídios, fraude processual e formação de grupo de extermínio. Por meio da
atuação do Geosp e Gaeco, o número de policiais denunciados criminalmente saiu
de 36, no biênio 2021 e 2022, para 156 no período de janeiro de 2023 a dezembro
de 2024, um aumento superior a 330%.
Dentro do
sistema prisional, as operações tiveram, além do Gaeco, a efetiva participação
do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), em ações conjuntas com a
Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização Social
(Seap).
Foram
pelo menos dez operações desta natureza neste ano, com apreensões de centenas
de aparelhos celulares, armas perfurantes e outros elementos ilícitos. Em Feira
de Santana, durante a intervenção no presídio local, houve redução de 78,6% nos
índices de crimes violentos letais intencionais (CVLI) na região, segundo a
SSP.