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O
presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, anunciou nesta sexta-feira
(27) a dissolução do Parlamento. Um procedimento formal que abre caminho para a
realização de novas eleições. O pleito, originalmente previsto para setembro,
foi antecipado para o dia 23 de fevereiro.
A decisão
foi tomada após o primeiro-ministro Olaf Scholz perder um voto de confiança no
Bundestag na semana passada, encerrando seu mandato antes do prazo oficial.
Apesar disso, Scholz, líder social-democrata, continua no cargo interinamente,
assim como o atual Parlamento, até que uma nova coalizão de governo seja
formada.
Durante
este período de transição, o Parlamento alemão mantém suas funções, podendo
propor e aprovar novas leis. Essa condição é prevista pela Constituição para
garantir que o país não enfrente uma paralisia governamental durante o processo
eleitoral.
"Nossa
democracia funciona, mesmo em tempos de transição", afirmou Steinmeier em
discurso oficial.
Scholz
governa atualmente em coalizão com os Verdes, mas conta com apoio de partidos
da oposição em questões-chave, como a aprovação do orçamento, extensão de ajuda
à Ucrânia e cortes tributários.
Os
partidos começaram a divulgar seus programas de governo logo após o voto de
confiança, e as convenções partidárias, previstas para janeiro e fevereiro,
oficializarão os candidatos.
A
antecipação das eleições coloca a Alemanha em um momento de intensa atividade
política, equilibrando transição de governo e manutenção das funções
legislativas.