Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O decreto editado por Lula, há três dias, virou alvo de um
Projeto de Decreto Legislativo (PDL) apresentado pelo senador Mecias de Jesus
(RR), líder dos Republicanos. A medida tem sido questionada por governadores e
integrantes da “bancada da bala” da Câmara.
As reclamações se baseiam no argumento de que ela invadiria
uma área de competência do Congresso, violando a separação dos Poderes. O
senador sustenta que, ao não tratar da questão da segurança pública, o decreto
presidencial enfraquece o pacto federativo e ameaça a independência dos
estados.
“A segurança pública, como questão de Estado, não pode ser
tratada unilateralmente por meio de normas infralegais. A definição de
diretrizes nessa área exige um debate público amplo e democrático, conduzido
pelo Congresso, que é o legítimo representante da vontade popular e detentor da
competência legislativa para tratar de normas gerais sobre segurança pública”.
O decreto do presidente Lula prevê que o Ministério da
Justiça poderá estabelecer regras complementares, bem como financiar, elaborar
e monitorar ações relacionadas à atuação policial. Também estipula que agentes
devem usar a força somente em caso de ameaças e riscos reais, deixando as armas
de fogo para o último caso.
Por Bahia Notícias