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As
montadoras de automóveis japonesas Honda e Nissan anunciaram, nesta
segunda-feira 23, que estão em negociações para realizar a fusão das duas
empresas. A decisão se dá, principalmente, com o intuito de recuperar o espaço
perdido pelas duas no mercado para empresas como a Tesla e fabricantes chinesas
de carros elétricos.
A operação,
caso se concretize, criará a terceira maior fabricante de automóveis do mundo,
atrás da também japonesa Toyota e da alemã Mercedes. Os dois grupos anunciaram
que tentarão estabelecer uma “holding única” nas negociações, e pretendem,
inclusive, inseri-la na bolsa de Tóquio, ainda em 2025.
As
montadoras afirmam que pretendem concluir o acordo de fusão em junho de 2025, e
anunciaram que o pacto, muito provavelmente não implicará em uma união entre
iguais. A Honda, com maior mercado entre as duas, será a responsável pela
nomeação do CEO do novo conglomerado, cujo conselho administrativo será
integrado, em maior parte, por executivos da empresa.
A Mitsubishi
Motors, também japonesa, empresa da qual a Nissan é a principal acionista,
informou que decidirá até o fim de janeiro de 2025 se integrará a nova aliança.
Honda e Nissan são as empresas número dois e três no mercado japonês de
automóveis e enfrentam, atualmente, um difícil cenário devido à concorrência
acirrada com montadoras chinesas de carros elétricos, como a BYD, por exemplo.
Em 2023, a
China ultrapassou o Japão como o país com maior número de carros exportados do
mundo. Isso se deu devido ao apoio estatal à indústria de veículos elétricos.