Foto: Reprodução / Google Street View
Um levantamento realizado pelo Incra na Bahia identificou
10.587 famílias acampadas em defesa da busca de terra para reforma agrária. O
cadastramento, realizado entre março e dezembro de 2024, abrangeu 148
acampamentos distribuídos em 23 dos 27 territórios de identidade do estado.
A região metropolitana de Salvador concentra o maior número
de famílias acampadas, com 1.517 cadastradas em 12 acampamentos. O Sertão do
São Francisco e o Litoral Sul também apresentam um número significativo de
famílias em busca de terra, com 1313 e 1119 famílias respectivamente.
Também se sobressai pelo contingente, o Vale do Jiquiriçá que
apresenta 832 famílias em 12 áreas, boa parte delas estão nos municípios de Maracás e Planaltino.
O cadastro na Plataforma de Governança Territorial (PGT) não
garante a obtenção imediata de um lote, mas confere pontos adicionais aos
inscritos em processos seletivos para assentamentos. Além disso, o cadastro
permite ao Incra mapear a demanda por terra no estado e planejar a criação de
novos assentamentos.
O superintendente regional do Incra Bahia, Carlos Borges,
ressalta a importância do cadastramento para o planejamento da reforma agrária
no estado. “Com esses dados, podemos identificar as regiões com maior demanda
por terra e direcionar as ações do governo para atender a essas famílias”,
afirma Borges.
No Semiárido Nordeste II, 560 famílias foram
cadastradas em 10 acampamentos, distribuídos em cinco municípios.
Já a região Sudoeste, em três de seus territórios, 420 famílias, de 11
municípios, tiveram seus nomes lançados na PGT. A maior área está em Ribeirão
do Largo, com 100 acampados.
Municípios com maior concentração de famílias acampadas
segundo o INCRA:
- Metropolitano
de Salvador: Dias
D’Ávila, São Sebastião do Passé, São Francisco do
Conde e Pojuca
- Sertão
do São Francisco: Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova e Sento
Sé
- Litoral
Sul: Camacan, Arataca, Ilhéus, Itabuna, Uruçuca, Una e Pau
Brasil
- Vale
do Jiquiriçá: Maracás e Planaltino.
- Costa
do Descobrimento: Itabela
No entanto, o processo de reforma agrária é complexo e
envolve diversos desafios, como a disponibilidade de terras, a regularização
fundiária e a infraestrutura dos assentamentos.
Por Bahia Notícias