A operadora de planos de saúde Hapvida reclamou nesta quarta-feira (13) do "aumento expressivo" de clientes que acionam a Justiça para obter atendimento e afirmou que vai reajustar suas tabelas de preços para cobrir esses custos. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo.
"Estamos repensando o modelo de precificação para absorver com eficiência a judicialização", disse o presidente-executivco da Hapvida, Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima, em conferência com analistas após a publicação de resultados de terceiro trimestre do grupo, que trouxeram crescimento de 24% no lucro do período sobre um ano antes.
Entre os exemplos da queixa da empresa e do setor, segundo o executivo, estão clientes dos planos de saúde que recorrem à Justiça para que seus planos cubram novos tratamentos experimentais e fora de períodos de carência. "A judicialização aumentou de forma expressiva nos últimos 12 a 24 meses", disse o executivo, citando aumento de 1,5 ponto percentual nos preços da empresa em novas vendas e outros itens não regulados e afirmando que "más práticas têm prejudicado o setor como um todo".
Segundo ele, o reajuste planejado para 2025 pela empresa, mesmo com o incremento de 1,5 ponto percentual, "vai ser inferior ao reajuste implantado no ano passado". O diretor financeiro da Hapvida, Luccas Adib, afirmou que a empresa passou a acompanhar a judicialização "diariamente" e que a empresa tem tomado medidas que incluem realizar acordos com os clientes antes que as demandas cheguem à Justiça, o que elimina para a empresa necessidade de constituição de provisões que incluem desembolsos para "danos morais e sucumbência".
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