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O prefeito de Goiânia (Goiás), Rogério Cruz (Solidariedade), voltou atrás em sua decisão de exonerar 2 mil servidores públicos dois dias após ser derrotado nas eleições para a prefeitura da capital Goiânia. Em nova edição do Diário Oficial do Município, o atual mandatário determinou a suspensão dos efeitos de seus decretos anteriores.

 

Ao todo, 1.962 servidores e comissionados foram dispensados em 13 pastas diferentes do município. Em nota oficial da prefeitura, a decisão teve como justificativa a saúde financeira de Goiânia, bem como o cumprimento de metas fiscais para o mandato.

 

A decisão havia sido alvo de críticas na cidade e no estado de Goiás. O Sindicato dos Jornalistas de Goiás chegou a enviar um documento ao gabinete de Cruz afirmando que, “independentemente do resultado das eleições e de que seja o período final de mandato, é necessário que a população continue a ser informada das atividades e serviços prestados pela prefeitura de Goiânia”. Entre os exonerados por Cruz estavam 50 jornalistas que ocupavam cargos de assessoria em pastas da prefeitura.

 

Radialista e pastor evangélico, Rogério Cruz foi eleito vereador por Goiânia em 2012, atuando no cargo até 2020, quando foi eleito vice-prefeito na chapa de Maguito Vilela (MDB). Maguito, porém, nunca assumiu como prefeito e acabou falecendo no dia 13 de janeiro de 2021, vítima de COVID-19. No pleito deste ano, Cruz saiu derrotado com pouco mais de 20 mil votos, terminando a disputa na penúltima colocação.

 

O segundo turno na capital goiana será disputado pelos candidatos Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União). O pleito põe em disputa o poder de influência de dois importantes nomes na região, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Rodrigues, e o Governador Ronaldo Caiado (União), que apoia Mabel.


Por Bahia Notícias