Calor Crédito:
José Cruz/Agência Brasil
Cidades
baianas receberam um alerta de baixa umidade do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) nesta segunda-feira (2). Entre os 24 municípios
identificados pela instituição, 19 estão no oeste do estado, o que representa
79% dos registros. A notificação indica um grau de perigo, com riscos à saúde e
aumento de probabilidade de incêndios.
Os
municípios acometidos pela seca no ar são: Angical; Barreiras; Buritirama;
Campo Alegre de Lourdes; Casa Nova; Catolândia; Cocos; Coribe; Correntina;
Cotegipe; Formosa do Rio Preto; Luís Eduardo Magalhães; Mansidão; Riachão das
Neves; Santa Rita de Cássia; São Desidério; Jaborandi; Pilão Arcado; Remanso;
Malhada; Jacaraci; Iuiu; Urandi; Sebastião Laranjeiras. Entre as citadas,
apenas as cinco últimas não estão localizadas no oeste baiano.
A
meteorologista Andrea Ramos diz que esta baixa umidade é típica da estação.
"O inverno tem essa característica, ele é seco, quando a umidade
diminui tem a estiagem, a diminuição de chuvas e dessa amplitude térmica",
informa. Segundo ela, há cidades onde é comum ficar mais de 120 dias sem chover
neste período.
Ela
acrescenta que o cerrado, onde está localizada a região oeste da Bahia, é o
bioma mais afetado pelo ar seco por estar mais próximo do centro do
país. "Há uma massa de ar seco e quente, ela decorre justamente
porque durante esse período se estabelece um anticiclone em altos níveis, que
favorece esse bloqueio atmosférico e, consequentemente, a baixa umidade",
diz.
A estiagem
causada pela baixa umidade do inverno propicia, inclusive, o surgimento de
queimadas. Desde o início da estação, que começou no dia 20 de junho, o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 1.917 focos de
queimadas, o que representa 54,8% das ocorrências contabilizadas no estado
neste ano de 2024.
De acordo
com o meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema)
Aldirio Almeida, além das queimadas, a baixa umidade gera "desidratação,
sobretudo de crianças e idosos, ressecamento das vias aéreas, agravamento de
doenças respiratórias preexistentes, como asma e bronquite, irritação de olhos
e pele".
Para
prevenir e atenuar os efeitos da seca na atmosfera, o Inmet recomenda que os
acometidos pela seca bebam bastante líquido, passem hidratante e evitem ao
máximo a exposição ao sol e atividades físicas.
Com
orientação da subeditora Monique Lôbo.
Por
Correio24horas