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O número de
trabalhadores com escolaridade superior à exigida pelas vagas aumentou entre os
anos de 2012 e 2023. Os dados divulgados na última segunda-feira (12), pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), contemplam o estudo “A
Evolução da Sobre-Educação no Brasil e o Papel do Ciclo Econômico Entre 2012 e
2023”.
No estudo, é
possível observar o salto de 26%, em 2012, para 38% em 2020. O número se
manteve estável até o ano de 2023. A pesquisa do Ipea tem como base dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O
crescimento se dá principalmente para quem tem ensino médio e ocupa vagas de
ensino fundamental. O crescimento também se deu no setor entre os trabalhos
informais, como apontou Sandro Sacchet, um dos técnicos de planejamento da
pesquisa do Ipea.
"O
crescimento da sobre-educação entre aqueles com ensino superior também foi
expressivo. A sobre-educação também aumentou mais entre os informais, no caso,
os trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira assinada",
contou.
Quando o
recorte de gênero é realizado, é possível observar que em 2023, o percentual de
mulheres sobre-educadas chegou a pouco mais de 30%. No entanto, o percentual de
homens ultrapassou pouco mais de 40%.
No recorte
de idade, a maior parte dos sobre-educados têm entre 21 e 34 anos. Nos
últimos anos, porém, o crescimento se destacou no grupo com idade entre 35 e 49
anos.
Sacchet,
aponta que esse desequilíbrio se dá a partir das baixas remunerações para quem
tem escolaridade acima do nível de exigência da vaga que ocupa. “Isso indica
que parte do investimento educacional não está sendo plenamente aproveitado no
mercado de trabalho”, analisou.
Por Bahia
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